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20 de mai. de 2013



Marcelo Tavares diz que governo esconde a realidade
Contra os votos da oposição, a bancada da governadora Roseana Sarney (PMDB) rejeitou nesta tarde de segunda-feira (20) a convocação do secretário de Segurança Pública do Estado, Aluísio Mendes, proposta pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), para dar explicações sobre o elevado índice de criminalidade que assola o Maranhão, principalmente a cidade de São Luís, onde somente entre os meses de abril e maio deste ano foram registrados 122 assassinatos.


Ao comandar a rejeição do requerimento, que convocaria o secretário para dar informações sobre o planejamento estratégico para combater a criminalidade, o líder do governo sugeriu que uma comissão de deputados fosse até o gabinete do secretário para que ele apresentasse o plano do governo e o sistema de videomonitoramento, mas a oposição rejeitou o convite e manteve a convocação, no que foi derrotada.


Na avaliação do deputado Marcelo Tavares (PSB), a bancada governista rejeitou a convocação para evitar que o secretário seja confrontado com a realidade. A interpretação de Tavares faz sentido, uma vez que somente em abril ocorreram 76 assassinatos. Comparado com o mesmo período do ano passado, houve um acréscimo de 64 por cento. Neste mês de maio já foram registrados outros 46 assassinatos, 119% superior em relação a maio de 2012.


Conforme denuncia a oposição, o Maranhão é o único Estado em que a governadora se recusa discutir segurança pública com a sociedade, não permitindo sequer que a população tome conhecimento dos seus planos para combater a criminalidade. “Até parece que Roseana não mora aqui, pois não dar um pio sobre o assunto, embora São Luís viva clima de intranquilidade”, observou o deputado Bira do Pindaré (PT).


Marcelo justificou a rejeição da sugestão do líder do governo, para que uma comissão de deputados fosse até o secretário, afirmando que não se trata apenas de ver como funciona o sistema de videomonitoramento, mas sim de discutir a questão da segurança no Maranhão.


Segundo Marcelo Tavares, é lamentável que dos R$ 2,4 bilhões que o governo gastou ano passado, apenas R$ 84 milhões tenham sido usado na Segurança Pública. “Em contrapartida, pagou R$ 80 milhões para empresas de segurança privada fazerem a segurança nas escolas da rede”, lamentou.


Apesar das denúncias dos parlamentares da oposição, a bancada do governo nada respondeu, apenas acompanhou a orientação do líder César Pires pela rejeição da convocação, mantendo a determinação da governadora de não permitir que seus auxiliares prestarem esclarecimento a quem deveria fiscalizar as ações da administração mais obscura da história política do Estado, mas simplesmente fecha os olhos.


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