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26 de out. de 2014

Do UOL

Roberto Stuckert Filho/PR
Após uma campanha de intensa polarização no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo (26) e impediu a virada do senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB - nunca um candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno foi eleito presidente do Brasil.

Por volta da 20h30, com 98% das urnas apuradas, Dilma tinha 51,45% dos votos e Aécio, 48,55%. A diferença de votos era de 3 milhões. Essa foi a menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocratização.

Antes disso, a disputa mais apertada foi em 1989, quando Fernando Collor de Mello (então no PRN) venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 4 milhões de votos. Na época, Collor teve 53,03% contra 46,97% de Lula.

Nas outras eleições presidenciais decididas em duas etapas, a diferença entre o vencedor e o segundo colocado foi maior. Em 2002, Lula teve 19,4 milhões de votos a mais do que José Serra (PSDB). Quatro anos depois, Lula foi reeleito com uma margem ainda maior: 20,7 milhões de votos a mais do que Geraldo Alckmin (PSDB). Já na última eleição, a diferença voltou a se estreitar, e Dilma bateu Serra por 12 milhões de votos.

Com a vitória, o Partido dos Trabalhadores vai para o quarto mandato seguido e deverá completar 16 anos à frente do governo federal.

Primeira mulher a presidir o país, a petista liderou a votação no primeiro turno, mas passou a maior parte da campanha do segundo turno em situação de empate técnico com Aécio nas pesquisas de intenção de voto

É a quarta derrota seguida que o PT impõe aos tucanos nas eleições presidenciais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma venceram José Serra – duas vezes -- e Geraldo Alckmin nas eleições de 2002, 2006 e 2010.

Com Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) também foi reeleito. Os dois tomarão posse do novo mandato em 1º de janeiro de 2015.

 

1 comentários :

Anônimo disse...

Com o final desta eleição me veio à cabeça a única solução para este país: dividi-lo em duas partes. A de cima, que se contenta com as bolsas-migalhas e não dá a mínima para corrupção, e a nossa, a de baixo, que quer muito mais que isso. Queremos educação (para não ficarmos, com o passar do tempo, iguais à de cima); queremos um sistema de saúde decente, que atenda a todos com eficiência; queremos segurança para podermos sair às ruas sem medo de não voltar para casa, queremos mudanças urgentes na Constituição, com criação de penas muito mais rígidas, e que punam os delinquentes e não à população de bem; queremos aposentados recebendo as correções justas em suas aposentadorias; queremos menos impostos, ou, no mínimo, que essa altíssima carga tributária tenha um retorno na mesma proporção em serviços e benefícios ao povo; queremos que o governo escolha as pessoas certas para acabar com a corrupção, não precisando de demitir a toda hora seus parceiros por estarem envolvidos neste mar de lama que virou o governo. Assim, a presidente eleita teria um governo tranquilo, fácil de levar adiante, com poucas e fáceis coisas a fazer, na parte de cima, que a elegeu, e o candidato derrotado (infelizmente) com sua capacidade governaria a parte de baixo onde foi o grande vencedor. Mas isso é apenas um sonho, vou ter que continuar vivendo o pesadelo por mais quatro anos. Torço para que a candidata eleita olhe para trás e veja o que fez (ou o que não fez) e consiga fazer uma autocritica, melhorando com isso, seu governo.

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