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26 de out. de 2014

 Datafolha e CNT/MDA apontam empate técnico, um com vantagem para Dilma e outro para Aécio. Ibope prevê vitória de Dilma. Sensus, de Aécio

 
Dilma e Aécio: número das pesquisas são contraditórios sobre votação deste domingo
A disputa presidencial mais tensa desde 1989, ano em que os brasileiros recuperaram o direito de escolher o presidente da República pelo voto direto, chega ao final sem que as pesquisas da véspera permitam afirmar com segurança quem governará o país nos próximos quatro anos.

Segundo levantamento do Datafolha, encomendado pela Rede Globo e pela Folha de S.Paulo, Dilma Rousseff (PT) apresentava neste sábado (25) quatro pontos percentuais de vantagem sobre Aécio Neves (PSDB), com 52% dos votos válidos contra 48%. Mas a diferença caracteriza empate técnico no limite da margem de erro (dois pontos percentuais, para mais ou para menos).

Os números diferem daqueles divulgados pelo Ibope, que indica vantagem de seis pontos para Dilma (53% a 47%) em pesquisa contratada pela Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo.

E ambos são contraditórios com pesquisa divulgada ontem (sexta, 24) pelo instituto Sensus, que apontou vitória de Aécio com quase dez pontos percentuais de vantagem.

Outra pesquisa divulgada neste fim de semana, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e feita pela MDA, mostrou empate técnico, assim como a do Datafolha. Mas, ao contrário deste, com pequena vantagem para Aécio.

Em resumo: seja pela diferença apertada indicada em alguns levantamentos, seja pela experiência do primeiro turno, quando as pesquisas finais subestimaram a votação de vários candidatos (do petista Rui Costa, eleito governador da Bahia, ao próprio Aécio), seja pelos números contraditórios apresentados pelos diferentes institutos, teremos mesmo de administrar nossa ansiedade e aguardar a divulgação dos resultados oficiais para saber quem estará à frente do governo brasileiro a partir de 2015.

Detalhes sobre o Ibope e o Datafolha

De acordo com o Ibope, Dilma caiu de 54% para 53% dos votos válidos em relação à pesquisa anterior, divulgada na quinta-feira (23). Já Aécio subiu um ponto percentual, de 46% para 47%. Nos votos totais (considerados votos em branco, nulos e indecisos), a petista se manteve com 49% e o tucano saiu de 41% para 43%. Os brancos ou nulos caíram de 7% para 5%, enquanto os indecisos se mantiveram em 3%.

Já o Datafolha mostra Dilma com 52% dos votos válidos (53% na pesquisa anterior do instituto, também da quinta-feira), enquanto Aécio subiu de 47% para 48%. Em relação aos votos totais, Dilma tem a mesma diferença de seis pontos para Aécio, com 48% das preferências contra 42% de Aécio. Votos nulos ou em branco chegaram a 5%, mesmo percentual dos que se disseram indecisos.

Em ambos os casos, diminuiu a diferença entre Dilma e Aécio, em favor deste.

A pesquisa Ibope ouviu 3.010 eleitores em 206 munícipios entre ontem e hoje (sábado, 25). Já o Datafolha entrevistou, no mesmo período, 19.318 pessoas em 400 municípios. O nível de confiança de ambas as pesquisas é de 95%. Esse percentual quer dizer que, se o levantamento for reaplicado cem vezes, em 95 os resultados ficariam dentro da margem de erro. Os levantamentos Datafolha e Ibope podem ser conferidos no Tribunal Superior Eleitoral, onde estão registrados, respectivamente, com os protocolos BR-1210/2014 e BR-01195/2014.

Montanha-russa

As oscilações acentuadas nas intenções de voto identificadas pelas pesquisas foram uma das marcas da disputa presidencial de 2014, logo comparada por alguns a uma espécie de montanha-russa. Ao longo dos últimos meses, tanto Aécio (nas duas primeiras semanas do segundo turno) quanto Marina Silva, do PSB (no primeiro turno), e Dilma (por todo o restante do tempo) estiveram em algum momento na liderança das sondagens eleitorais.

A outra marca foi a extrema agressividade da campanha. Ela mostrou a sua face nos ataques desferidos durante a propaganda eleitoral e os debates na TV, na discussão nas redes sociais e em outros canais da internet (sites, blogs, fóruns de discussão etc.) e até mesmo em confrontos físicos ocorridos principalmente em grandes cidades do país.

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