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17 de dez. de 2011


O Corregedor Parlamentar, deputado Jota Pinto (PR), responsável pela investigação da denuncia de recebimento de propina para votação do projeto que flexibilizou a derrubada da palmeira de babaçu, disse ao Jornal Pequeno que pretende concluir a investigação antes do recesso e que fará todo o esforço para apresentar o relatório até o dia 22 próximo.

“Nossa intenção é dar uma resposta mais rápido possível à sociedade sobre esta denúncia, por isso estamos trabalhando em silêncio e, acima de tudo, com muita responsabilidade e isenção na apuração do fato denunciado. Já ouvimos muita gente e vamos continuar colhendo mais depoimentos esta semana para concluirmos os trabalhos, informou o Corregedor”.

O parlamentar enfatizou que não revela os nomes dos próximos convocados, nem o conteúdo dos depoimentos dos que já foram ouvidos, para não atrapalhar a investigação. “Estamos preservando os depoimentos, só vou falar depois que apresentar o relatório à Mesa Diretora, pois estamos fazendo esta investigação com toda transparência e vamos dar uma resposta àqueles que não acreditavam no trabalho da Corregedoria”, diz Pinto.

A Assembleia Legislativa, após ter desempenhado um papel importantes nas negociações entre governo e comando de greve para por fim a paralisação histórica da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, se viu sob suspeita de ter vendido por R$ 1,5 milhão, para um consorcio da construção civil, a aprovação de projeto de lei, de autoria do deputado Stênio Resende (PMDB), para permitir a derrubada de babaçuais para fins de construção de empreendimentos imobiliários.

O assunto foi levada à tribuna pelos deputados Carlos Alberto Milhomem (PSD) e César Pires (DEM), que, em tom emocionado, pediram à Mesa Diretora da Casa a apuração da denúncia de um empresário da construção civil, que perguntou a um parlamentar da base do governo se teria recebido R$ 50 mil e que os R$ 1,5 milhão seria  para repartir entre 30 deputados.

Formalizada a denúncia, o presidente Arnaldo Melo encaminhou à Corregedoria Parlamentar a missão de apurar a veracidade dos fatos. No plenário, vários parlamentares se sentiram ofendidos com a acusação, passaram a defender a constituição de uma CPI e a questionar o poder de investigação do Corregedor. Jota Pinto, que escutou as críticas calado, agora, com os depoimentos que já colheu, promete dar a resposta apresentando o relatório no prazo legal.

“Somente se houver um elemento novo, que nos impeça concluir a investigação, é que deixaremos para a primeira semana do recesso. Vamos ouvir que tiver que ser ouvido e trabalhar com seriedade e determinação para que a sociedade tenha conhecimento do que aconteceu e a quem cabe a responsabilidade. Espero entregar o documento conclusivo até o dia 22, data que será realizada a última sessão do ano”, concluiu Jota Pinto.

O parlamentar está sendo auxiliado, na tarefa de investigar se houve propina ou não na aprovação da lei do babaçu, pelos deputados Cleide Coutinho (PSB) e Edilázio Júnior (PV). O Corregedor não confirmou se colherá o depoimento do líder do governo, deputado Manoel Ribeiro (PTB), que pediu para ser ouvido para declinar, oficialmente, os nomes do deputado que ouviu a história e de quem contou.                

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