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12 de dez. de 2011

O feriado da quinta-feira passada (08) acabou esfriando um pouco a denúncia de que o líder da bancada do governo, deputado Stênio Resende (PMDB), vendeu, entregou e recebeu R$ 1,5 milhão de empresários da construção civil pela apresentação e aprovação do projeto de lei, de sua autoria, que flexibilizou a derrubada da palmeira de babaçu em áreas urbanas.  

Desde que foi acusado, de forma indireta, pelos deputados Carlos Alberto Milhomem (PSD) e César Pires (DEM), que foram à tribuna exigir a apuração dos fatos, Stênio Resende sumiu do plenário, não se defende, mas ameaça detonar a Assembleia caso queiram cassar-lhe o mandato, por falta de decoro parlamentar.  

A presença, hoje, do parlamentar em plenário está sendo aguardada com muita expectativa, afinal, a grande maioria dos deputados sob suspeita de terem levado R$ 50 mil para ajudá-lo a cumprir o acordo com os empresários da construção civil, exige dele uma explicação.

Independente do que esteja sendo planejado pela Corregedoria Parlamentar da Casa, a quem o presidente Arnaldo Melo (PMDB) delegou a missão de investigar o caso, o deputado Bira do Pindaré vai tentar conseguir as seis assinaturas que faltam ao requerimento que pede a instalação de uma CPI para apurar a denúncia de que 30 deputados teriam partilhado a grana.

Apesar da indignação com a provável falta de decoro de um integrante do plenário, comenta-se nos bastidores do Poder Legislativo que o Corregedor Parlamentar, deputado Jota Pinto (PR), seguindo orientação do Palácio dos Leões, estaria disposto a varrer o lixo para debaixo do tapete, ouvindo apenas o líder da bancada do governo e dando a investigação por encerrada.

Stênio conta a seu favor para escapar da investigação  com o próprio plenário. Alguém pode imaginar, gatunos de colarinho branco do porte de Rigo Teles (PMDB), Edison Araújo (PSL), entre tantos outros deputados que tem medo de passar em frente a Delegacia de Polícia Federal, votando pela cassação de um colega de maracutaia? Se depender dessa turma, Stênio vai fazer uma festa nababesca para comemorar a engorda da conta bancária, a compra de uma mansão em Balsas e o pasto cheio de bezerros comprados com a grana que garantiu a derrubada dos babaçuais. Ô Maranhão de muro baixo.  

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