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20 de nov. de 2012


A comunidade negra codoense realizou nesta manhã de terça-feira (20) a 8ª Marcha Municipal Zumbi dos Palmares, em homenagem ao dia do grande líder pela libertação dos negros no Brasil colonial. Como é tradição no município, o mês da Consciência Negra e o dia de Zumbi dos Palmares são recebidos com uma série de atividades alusivas a cultura afro, como cursos, palestras, oficinas e atos públicos que abordam a importância da implantação de políticas públicas para a igualdade racial em Codó.

Crianças e adolescentes de diversos colégios da rede pública de ensino marcharam ao lado de autoridades e representantes das principais entidades ligadas à cultura afro e ao combate ao racismo como a SEMCIR – Secretaria Municipal de Cultura e Igualdade Racial, a ONG AFROVERMELHO e outros órgãos municipais. A caminhada nesta edição 2012 contou com a presença do internacional Rokangola, artista angolano que desenvolve importante trabalho no campo da igualdade racial.

Este ano as comemorações da Semana da Consciência negra em Codó vão coincidir com as atividades da Caravana da Libertação do Tribunal Regional do Trabalho, que em parceria com Secretarias do Governo do Estado e Secretarias municipais irão desenvolver uma série de atividades no período de 19 a 22 de novembro, incluindo a própria VIII Marcha Municipal Zumbi dos Palmares. Para o Secretário Municipal de Cultura e Igualdade Racial, Augusto Serra, a temática da 8ª Semana da Consciência Negra é de caráter ético, político e histórico, e que traz à tona a história do Brasil, além de marcar uma mudança social.

"O Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, foi a primeira organização socialista do mundo, pois acolhia todos que necessitavam e não apenas os negros. Isso faz parte da história do nosso país, mas por muito tempo foi considerada uma história a parte, excluída. Debater esse assunto tira o véu desse país coberto de injustiça e demonstra que Codó se compromete em fazer do Maranhão e do Brasil uma nação mais justa e igualitária. Acredito que o dia 20 de novembro tem que ser um dia que nos obrigue a uma reflexão mais séria sobre a igualdade racial e que não seja apenas um dia de descanso devido ao ponto facultativo e/ou ao feriado. Que seja válido também para celebrarmos esse momento e refletirmos o caminho de um país sem discriminação". Finalizou o secretário.

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