Finalmente
a famigerada “PEC 37”, do deputado maranhense Lourival Mendes (PTdoB), foi
rejeitada pela Câmara dos Deputados. Com a vitória da população, que gritou em
praça pública contra a impunidade, o Ministério Público continuará com
seus poderes investigatórios revigorado.
Agora, respaldado pelas manifestações das ruas, o Ministério Público tem a obrigação de cumprir,
de fato, com suas responsabilidades constitucionais e sair da teoria para a prática, ou seja,
atuar com isenção, independente do cargo ocupado pelo autor do delito.
Na
verdade, o Ministério Público, desde o seu chefe maior, Roberto Gurgel,
procurador-geral da República, fala em investigar, mas não é bem assim... Há
determinadas pessoas que não podem ser investigadas, porque são especiais.
Vou
citar exemplo: existe uma representação criminal por crime de peculato contra
Roseana Sarney, acusando-a juntamente com um grupo de auxiliares, por forjarem
um acordo de 30 milhões de reais com a prefeitura de Balsas. A representação
criminal estar com o roliço procurador Roberto Gurgel desde o dia 10 de junho
de 2010, que usa de todo seu peso de mais de 120 kg, para jamais incomodar a
filha de José Sarney.
Gurgel
também estar engavetando o processo de cassação do mandato de Roseana Sarney,
por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2010, há exatamente um
ano. Isso, sim, é que é impunidade, não apenas de Roseana Sarney, mas de seu
protetor-mor Gurgel.
No
plano estadual, não se conhece uma única ação ou investigação por parte do
Ministério Público estadual contra Roseana Sarney ou algum secretário seu.
O
deputado Domingos Dutra fez uma representação contra Roseana Sarney e seu
cunhado Ricardo Murad, secretário de saúde, onde apontou um universo de fraudes
monumentais nos procedimentos licitatórios dos famosos 72 hospitais. Fraudes
grotescas, superfaturamento, licitações de cartas marcadas, etc.
O
deputado petista domingos Dutra encaminhou a representação à Procuradoria Geral
de Justiça, cuja petição foi recebida pela então procuradora Geral Fátima
Travassos, ela mesma. Dutra ainda encaminhou a representação ao Ministério
Público Federal do Maranhão.
Passados
dois anos, não se tem qualquer noticia que o Ministério Público, nas duas
esferas, federal ou estadual, tenha iniciado um único procedimento
investigatório.
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