Dias atrás escrevi aqui sobre
a omissão, a letargia, quase soberana que impera no Ministério Público do
Maranhão, em se tratando de investigar algum escândalo de corrupção no governo
Roseana Sarney, ainda que seja constantemente provocado.
As manifestações de rua, é
com tristeza que faço esta constatação, não estão sendo capaz de fazer esta
importante instituição, defendida em praça pública por milhões de brasileiros
que gritaram contra a famigerada PEC 37, a cumprir suas funções constitucionais
no Maranhão.
É entidade fantasma que
celebra convenio de R$ 6 milhões de reais, que constrói obras fantasmas, em
endereço fantasma; é creche usada como laranja para desviar recursos públicos,
em convenio fantasma, com a SEDES; É o
conselhão da corrupção pagando cerca de R$ 6.000.00 para aliados políticos
receberam o bolsa eleição sem prestarem qualquer serviço, tudo documentado, e
nada acontece.
Não existe uma semana que
não venha à tona um novo caso de corrupção, que jamais é investigado pelo
Ministério Público. Ao contrário, o MPMA parece que virou um leal parceiro do
governo Roseana Sarney, fato que levou a ex-procuradora geral de justiça,
Fátima Travassos, a participar de inauguração de UPAS junto à Roseana Sarney e
Ricardo Murad.
Fátima Travassos, aliás, foi
quem pediu ao Tribunal de Justiça do Maranhão para rejeitar uma denuncia contra
Ricardo Murad por crime de fraude em licitação e formação de quadrilha, cuja
denuncia havia sido feita pelo procurador Raimundo Nonato Carvalho. Este fato
foi tão inédito que rendeu a Fátima Travassos um processo aberto no Conselho
Nacional do Ministério Público.
Do Ministério Público, tanto
o federal, quanto o estadual, não se sabe o que fizeram com a representação apresentada
pelo deputado Domingos Dutra sobre fraudes em licitação cometidas por Roseana
Sarney e Ricardo Murad na contratação de empresas para a construção dos famosos
72 hospitais. A representação de Dutra ao Ministério Público, em 2011, de tão
bombástica, rendeu matéria nacional da revista ISTOÉ mas, para os
representantes do Ministério Público do Maranhão não significou nada, e nada
foi feito.
As empresas contratadas pelo
governo Roseana Sarney/Ricardo Murad, com dinheiro do SUS, estão todas envolta
em mar de lama de fraude em licitações, concorrência direcionada, dispensas
indevidas, tudo devidamente demonstrado na representação, segundo Dutra.
Desde o dia 23 de novembro
de 2012, novamente a representação chegou ao Ministério Público, no 9º Ofício
de Combate ao Crime e à Probidade (nome pomposo), e não se sabe qual o destino.
A anterior, encaminhada a Fátima Travassos, parece que desapareceu.
Cabe à atual procuradora-geral,
Regina Lúcia
de Almeida Rocha, vir a público e informar se o destino da representação que lá
estar desde novembro de 2012, será o mesmo dado pela sua antecessora.
Toda essa complacência, para
dizer o mínimo, do Ministério Público, que não tem uma única ação contra o
governo Roseana Sarney/Ricardo Murad, os levam a continuar fazendo o mesmo do
mesmo, ou seja, contratações viciadas, das mesmíssimas empresas para fazer
outros hospitais pelo interior do Estado.
O jornalista Raimundo
Garrone publica hoje que a empresa Dimensão Engenharia, e Proenge Engenharia,
ambas contratadas sem licitação anteriormente para construção de outros
hospitais, que chgaram a faturar mais de 100 milhões de reais do governo, agora
“venceram”
mais uma concorrência (santa coincidência), para construir hospitais de 100
leitos em Caxias,
Pinheiro, Santa Inês e Imperatriz.
A Dimensão Engenharia deve
abocanhar R$ 42 milhões de reais pela construção, e a Proenge Engenharia deve
morder R$ 12.7000,00 (doze milhões e setecentos mil reais), somente pra fazer a
fiscalização e execução dos projetos.
Isso sem contar os
inevitáveis aditivos contratuais que virão que farão dobrar o preço.
Veja o atento leitor a
seguinte situação: Roseana Sarney/Ricardo Murad contratam, sem licitação,
empresas de seu círculo próximo e pagam muitos milhões de reais; estas empresas
vão lá e borrifam dinheiro na campanha de Roseana em 2010 ( somente a Dimensão
Engenharia doou R$ 900.000,00); Proenge, Lastro Engenharia, JNS Cananã (todas
contratadas sem licitação doaram dinheiro à Roseana); posteriormente, estas
mesmas empresas “vencem” sucessivas concorrências e se revezam entre si nas
licitações de construção de hospitais. São sempre as mesmas empresas as
“vencedoras” das licitações.
Muito estranho, para dizer o
mínimo. Mas, infelizmente tudo é absolutamente normal para o Ministério Público
do Maranhão.
5 comentários :
Jorge Vieira,
O nobre blogueiro se esqueceu de mencionar que a nomeação da atual procuradora-geral de justiça, Regina Rocha, deve-se a indicação do genro da governadora Roseana Sarney, Gustavo Amorim, e que este manda e desmanda na Procuradoria Geral de Justiça do Maranhão. Ou melhor, está tudo em casa.
Não adianta nós e o deputado Domingos Dutra estrebucharmos. Um mudança radical naquela “Casa das leis” passa primeiro pela conscientização do nosso eleitorado maranhense.
Deveria era existir sim uma grande manifestação na frente da “Casa dos fiscais da lei”. Dando prova que o povo maranhense não é tolo e é sabedor de todos os conchavos existentes entre estes “fiscais da lei” e o governo corrupto dos Sarneys.
Na região Tocantina, a maioria dos promotores falta enlouquecer os prefeitos para que comprem suas passagens aéreas nos finais de semana para retorno ao aconchego do lar. Daí o pavor da PEC-37. Qual o poder de barganha que teriam? Não costumamos ver prefeitos condenados por corrupção no Maranhão. Das duas uma: ou os prefeitos maranhenses são exemplos de probidade administrativa ou os promotores são exemplos de promiscuidade.
Concordo com os comentários e agradeço a contribuição.
Jorge Vieira,
Enquanto você denuncia que as omissões do Ministério Público do Maranhão precisam ser investigadas. A improba procuradora-geral de Justiça do Maranhão, Regina Rocha, apronta mais uma.
Explico: recentemente essa intrépida procuradora-geral criou casuisticamente 21 vagas de promotor de justiça de 4.ª entrância, comarca de São Luís, sem sequer existir vara correspondente para o preenchimento das 21 vagas de promotor de justiça em São Luís.
A criação das citadas vagas passou pela Assembleia Legislativa com aprovação “a toque de caixa” e segue para a sanção da governadora Roseana Sarney.
Até aí tudo se engole, em pese a não necessidade das citadas vagas, visto que os sortudos promotores ficarão numa espécie de disponibilidade, uma vez que os mesmos só irão desempenhar as suas funções casualmente, quando os promotores titulares da 4.ª entrância entrarem de férias ou em outra situação relevante.
Mas o grande descaramento de Regina Rocha prende-se ao fato que um dos primeiros favorecidos com essa coisa esdrúxula é o seu filho José Alexandre Rocha, promotor de justiça da comarca de Itapecuru, que desempenha hoje a função de seu assessor no gabinete da PGJ/MA.
Outro favorecido com essa coisa pra lá de imoral é o promotor justiça de Santa Helena, Emmanuel José Peres Neto Guterres Soares, que atualmente faz o papel de assessor chefe da PGJ, tio do Gustavo Amorim, que é o genro da governadora Roseana Sarney, daí o beneplácito açodado da Assembleia e do Palácio dos Leões.
Agora Jorge Vieira durma com um barulho desse!!! Mas não desista, continue denunciando esse órgão, pois a raiz dos desmandos do grupo Sarney no Maranhão começa, sem dúvida alguma, por essas omissões e promiscuidades existentes no Ministério Público Estadual do Maranhão.
Gostaria que o ministério publico cobrasse da caema a falta de agua aqui no bairro do cohatrac II estamos a um mês comparando agua do carro pipa e as contas da caema chegando, e não nos dão satisfação nenhuma. Maise Mendes
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