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22 de out. de 2012



À véspera de publicarem a segunda pesquisa sobre intenção de voto para o segundo turno na eleição em São Luís, os institutos de pesquisas estão tendo suas metodologias questionadas por integrantes do governo federal devido aos erros grotesco e talvez proposital no primeiro turno das Eleições 2012.  
 
Todo cuidado é pouco com os institutos, principalmente em reta final da eleição. No primeiro turno da sucessão em São Luís, por exemplo, o Ibope apresentou João Castelo (PSDB) na frente com 36% dos votos e Edivaldo Holanda Júnior (PTC) com 30%. Contado os votos, Edivaldo foi quem obteve exatos 36% contra 30% do prefeito que tenta a reeleição.

Para este segundo turno existe um agravante ainda maior: As pesquisas estão sendo contratada pelo Sistema Mirante de Comunicação, de propriedade da família Sarney, que apoia a candidatura de João Castelo, portanto, todo cuidado é pouco com o que esses institutos posam aprontar.  

Os erros do Ibope foram tão gritantes ou propositais no primeiro turno que chegaram a motivar a ministra Chefa da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a denunciar e pedir providência contra as pesquisas que visam induzir o eleitor a votar em quem está liderando.  

O blog faz este alerta diante da boataria espalhada pela campanha do prefeito João Castelo de que os dois candidatos estariam tecnicamente empatados, quando é público e notório que o candidato Edivaldo Holanda possui a preferência e caminha a passos largos para impor nova derrota ao prefeito que, sem ter como virá o jogo, apela para a baixaria.  

O eleitor esclarecido de São Luís, porém, conhece as traquinagens desses institutos que trabalham sob encomenda e deve se preparar para não se deixar iludir por qualquer outro resultado que não seja a manutenção da liderança folgada de Edivaldo.

A irresponsabilidade é tamanha que até o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, marido de Gleisi, dirigiu severas criticas à empresa de Carlos Montenegro por ter feito, segundo ele, “um papelão” na eleição em Foz do Iguaçu.

Em Foz, dois dias antes da votação, o Ibope divulgou pesquisa que apontava o candidato Chico Brasileiro (PC do B) com 52% das intenções de voto, contra 45% de Reni Pereira (PSB).

Como a margem de erro era de quatro percentuais para mais ou menos, eles poderiam estar empatados. Pereira, no entanto, acabou eleito com 54% dos votos válidos, contra 45% de Brasileiro, que tinha o apoio dos ministros.

Em São Luís, cidade com mais de 1 milhão de habitantes, Estado e Município e a Justiça Eleitoral resolveram participar da campanha de reeleição do prefeito. 

O juiz provisório indicado pelo Tribunal de Justiça (a OAB não indica juiz para o TRE), Sérgio Muniz, proibiu o Instituto Data M divulgar pesquisas no segundo turno e impediu que o jornal O Imparcial publicasse a pesquisas na edição e ontem (domingo, 21) na qual o candidato Edivaldo Holanda teria uma margem de vantagem de quase 17% sobre o adversário.

O mesmo “magistrado”, porém, deixou livre os institutos contratados pelo Sistema Mirante e pela TV Guará, que também está em campanha em favor de Castelo, para divulgar o resultado que o contratante achar melhor.

Pediram registro de pesquisa junto ao TSE os seguintes institutos: Escutec, Data M e, acredite, um tal de Albuquerque Júnior, isso mesmo, do dono da Dalcar e principal financiador da campanha de João Castelo, Roberto Albuquerque, o mesmo que havia armado uma arapuca para Edivaldo no debate que não aconteceu.

Como o juiz provisório decidiu proibir o Data M de divulgar o resultado das sondagens para o segundo turno, Ecutec (contratado do Sistema Mirante) e Albuquerque Júnior ( Dalcar) estão livres para fazer o que bem entenderem com os números, contando com a proteção de Sérgio Muniz.  

É sempre bom lembrar que o Data M foi o único que acertou no resultado do primeiro turno em São Luís e agora, por decisão do "magistrado" está impedido de continuar apresentado a tendência do eleitorado para o segundo turno, ficando livre Escutec e Albuquer Júnior para apresentar o resultado ao gosto do freguês.  

O fato estranho deste triste episódio da Justiça Eleitoral do Estado foi o jornal que havia se comprometido publicar a pesquisa do Data M cumprir a decisão do juiz provisório e não dar sequer uma nota sobre o acontecido, por medo um cumplicidade. 

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