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1 de ago. de 2013

POR AQUILES EMIR

O presidente do Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis do Maranhão (Sindcombustíveis), Orlando Santos, disse nesta quarta-feira que o Governo do Estado é o grande responsável pelo aumento da gasolina, do etanol e do óleo diesel que vai se verificar nos próximos dias nos postos, com a definição dos novos valores sobre os quais incidirá o ICMS. Segundo Orlando Santos, não faz o menor sentido se fixar o preço médio da gasolina em R$ 2,88, já que na maioria dos postos o consumidor paga bem menos.

Santos disse que este é um tema que precisa ser melhor esclarecido pelo poder público e pelos veículos de comunicação antes da população ser influenciada por notícias dando conta de formação de cartel entre os donos de postos, pois se o Governo do Estado estabelece que vai cobrar imposto sobre R$ 2,88, isto significa dizer que está incentivando se cobrar algo em torno de R$ 3,00 pelo litro do combustível, já que todo negócio tem sua margem de lucro e justamente por conta da concorrência os valores nas bombas tendem a ficar bem próximos, já que ninguém gosta de perder clientes.

O presidente do Sindcombustíveis destaca ainda como agravante para o alto preço dos combustíveis a taxa do ICMS, pois enquanto na maioria dos estados ela fica em torno de 25% no Maranhão é de 27%, já que gasolina é considerada mercadoria de luxo, portanto sobre ela incide ainda uma taxa para formação do Fundo de Combate à Pobreza. Em muitos estados, os produtos que contribuem para este fundão são joias, carros de luxo, iates etc.

Orlando Santos promete para os próximos dias a formalização de um pleito para que sua entidade tenha assento na comissão que fixa o valor médio dos combustíveis e é encarregada de encaminhar para o Conselho Nacional de Política Fanzendária (Confaz), que arbitra a pauta de cobrança dos impostos pelos governos estaduais. Indagado sobre quem são os membros desta comissão, ele respondeu apenas: "uma boa pergunta", isto é, não tem conhecimento dos integrantes do colegiado.

Preços - Com base em números da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Orlando Santos diz que, na média, os preços praticados pelos postos, na capital, são R$ 2,79 (gasolina), R$ 2,33 (óleo diesel) e R$ 2,33 (etanol), mas a sugestão da Secretaria de Fazenda levou o Confaz a fixar como preços médios para o Maranhão R$ 2,88 (gasolina), R$ 2,26 (óleo diesel) e R$ 2,39 (etanol), ou seja, como exceção do diesel, bem mais elevados do que paga o consumidor final atualmente.

Além do pedido de participação no colegiado que define esses valores, o presidente do Sindcombustíveis disse que pretende questionar o governo sobre os fundamentos para definir esses valores. Ele acha que o mesmo procedimento poderia ser adotado pelo Ministério Público e pelo Procon, órgãos que constantemente estão levantando suspeição sobre o comércio de combustíveis no estado.  

Orlando Santos mostrou ainda em quanto ficou o preço médio arbitrado pelo Confaz em outros estados: R$ 2,86 (Ceará), R$ 2,81 (Paraíba), R$ 2,83 (Pernambuco) e R$ 2,71 (Piauí). "Como se explicam esses preços para o Maranhão?", indaga o empresário. 

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