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7 de jan. de 2014


O Maranhão vive uma crise sem precedentes no sistema prisional e a insegurança já tomou conta das ruas de São Luís, ilhada diante da inoperância do Estado em resolver a questão. O mais estranho disso tudo é que, diante das atrocidades cometidas, a Ordem dos Advogados do Brasil começou a sua peregrinação para avaliar os presídios, não pelo Maranhão, mas sim pelo Rio Grande do Sul.

A situação do presídio no sul do País é destaque no site institucional da Ordem que, em manchete diz que a Organização dos Estados Americanos – OEA determina providências em Presídio de Porto Alegre. E Pedrinhas? O presídio maranhense ganhou uma matéria replicada da OAB seccional Maranhão. E só.

Diante do verdadeiro massacre que ocorreu no Maranhão, por que o quase silêncio absoluto da Ordem dos Advogados do Brasil? Logo agora que a instituição é presidida por um conterrâneo maranhense?

É evidente que a situação do presídio do Maranhão reflete o fracasso da gestão política do clã Sarney naquele Estado. E por uma daquelas coincidências do destino, Marcus Vinícius Furtado Coelho, presidente da OAB, possui fortes ligações com família Sarney. Foi ele quem defendeu Roseana(PMDB) no processo que resultou na cassação do então governador Jackson Lago (PDT) em 2009.

Segundo informações de bastidores, teria sido o próprio senador José Sarney o padrinho de Marcus Vinícius, fortalecendo sua indicação como secretário-geral da OAB e vaticinando sua chegada na presidência da Ordem.

Reza a lenda que, se Sarney mandar por mais um tempo, será suficiente para indicar Marcus Vinícius para o Supremo Tribunal de Justiça, quiçá o Supremo Tribunal Federal.

O certo é que nada explica a ausência efetiva e eficaz da Comissão dos Direitos Humanos da OAB no Maranhão.  Nada além de um conchavo pouco republicano que permeia os bastidores de uma instituição que deveria proteger, não só uma profissão, mas o País. Foi assim num passado que está cada vez mais distante.

Mas é como deixou entender o próprio Marcus Vinícius ao tomar posse e em uma de suas primeiras entrevistas, a OAB não fará mais denúncias, será propositiva. E ao que parece, muito apta a atender interesses de políticos.

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