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25 de nov. de 2014

Jornal Pequeno

Buracos são lugares imprescindíveis para a sobrevivência da raça humana. Sem buracos não seria possível respirar, comer, suar, beber e outras atividades menos cheirosas; mesmo para aqueles que se alimentam de lagostas e caviar com dinheiro público. Os buracos estão em todas as partes e se já não existem nas estradas da Alemanha, já faz muito tempo que fazem parte da paisagem de São Luís e das estradas do Maranhão.

Buracos também existem na consciência política do senador José Sarney e da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que, além de nada fazer para ajudar na recuperação da malha viária da cidade e do Estado, vinha tomando todos os meses dois milhões de reais ao município de São Luís, dinheiro que poderia ser aplicado na tarefa de tapar buracos. Embora já tenha o prefeito Edivaldo iniciado, pelo bairro São Cristovão, a pavimentação asfáltica da cidade, sem nenhuma ajuda do governo do Estado, Sarney escreve cobrando a transformação de São Luis em uma nova Alemanha, na qual os carros trafeguem em tapetes pavimentados, livres dos solavancos e protegidos os passageiros de problemas renais.

Mas se a filha do senador, Roseana, foi governadora quatro vezes e ele, Sarney, chegou à Presidência da República manipulando, portanto, recursos bilionários, não se explica a existência de buracos por aqui. A não ser pela maldade de querer castigar um povo que tanto insistiu até arrancá-los do poder.

Na descrição do ‘Buraco Negro’, a Teoria Geral da Relatividade explica tratar-se de uma região no espaço da qual nada escapa; tudo cai no buraco, mesmo os objetos que se movem à velocidade da luz. É algo semelhante aos buracos nas contas públicas por onde descem a alegria do povo, a educação, a saúde, a segurança, tudo o que, cavando insistentemente com sua picareta administrativa, Roseana Sarney conseguiu tomar ao povo do Maranhão.

No ‘Buraco Negro’ o tempo para e o espaço deixa de existir. Os buracos nas contas públicas, provocados por licitações fraudulentas, propinodutos, convênios fantasmas, obras principais deste governo, fez o Maranhão parar no tempo e deixou sem espaço e sem futuro sucessivas gerações. Felizmente, a partir do próximo ano, os Sarney não vão mais administrar o Estado, porque o povo, cansado dos tantos buracos usados para transferir para alguns poucos toda a riqueza do Estado, decidiu afastá-los do poder. E São Luís, pela primeira vez em 50 anos, vai poder contar com o governo do Maranhão.

Sem mais buracos nas contas públicas, sem propinas oleosas, convênios fantasmas e licitações fraudulentas, será possível enfrentar a pobreza absoluta no Estado e trabalhar pela melhor qualidade de vida para o povo de São Luís. E só lembrando que, finalmente, a oligarquia Sarney está indo para o buraco, Sua Excelência, o buraco, torna-se cada vez mais importante e imprescindível para todos nós.

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