O
Consórcio Alumar/Alcoa de São Luís começou o processo de demissão de 500
funcionários, provocando um clima de insegurança entre os trabalhadores quanto
a manutenção das atividades da fábrica de alumínio no Maranhão. Segundo
informações colhidas pelo blog, mais de 100 já foram dispensados e os outros estão
sendo praticamente forçados a aderirem a plano de demissão voluntária.
A crise
na Alumar foi denunciada na Assembleia Legislativa, no final de março pelo
líder da oposição, deputado Rubens Pereira Júnior, que está solicitando,
inclusive, a realização de uma audiência pública para discutir a questão da
empresa que se beneficia de isenção de impostos e adquire energia barata como
forma de incentivo.
Rubens
Júnior, com base em depoimento de funcionários que procuraram seu gabinete, faz
uma grave denúncia contra o Consórcio: “Segundo a categoria a empresa estaria
cometendo um desvio de atividade, com a redução da produção de alumínio para
vender energia no mercado. Mas que energia seria esta, vocês podem se
perguntar, nada mais nada menos do que a energia adquirida pela empresa a baixo
custo por meio de benefícios do governo.” Alertou o parlamentar.
O temor
maior dos trabalhadores é quanto a possibilidade de fechamento da fábrica de
alumínio, visto que já estão sendo desligados 250 fornos em decorrência da
perda de competitividade das operações, diante da elevação dos custos de
produção.
Segundo a
categoria, a justificativa para as dispensas não teria qualquer fundamento plausível,
uma vez que a Alumar constantemente é beneficiada com a isenção de impostos
estaduais para que mantenha as atividades no estado.
1 comentários :
Essa tragédia social era só uma questão de TEMPO. Sem fiscalização, a empresa está se preparando para fechar as portas no MA, impondo condições de trabalho sub-humanas e obrigando os seus empregados a operar uma fábrica sucateada. Quantos pais de família, por necessidade, aceitaram arriscar a vida em condições insalubres de trabalho. Onde estavam os órgãos de fiscalização do trabalho maranhenses? Com raras exceções, a imprensa fechava os olhos para essa exploração imposta por uma empresa que, sob o discurso da sustentabilidade, deixará apenas um saldo negativo para o meio ambiente e muitas vidas arruinadas.
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