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4 de abr. de 2014

O Consórcio Alumar/Alcoa de São Luís começou o processo de demissão de 500 funcionários, provocando um clima de insegurança entre os trabalhadores quanto a manutenção das atividades da fábrica de alumínio no Maranhão. Segundo informações colhidas pelo blog, mais de 100 já foram dispensados e os outros estão sendo praticamente forçados a aderirem a plano de demissão voluntária.

A crise na Alumar foi denunciada na Assembleia Legislativa, no final de março pelo líder da oposição, deputado Rubens Pereira Júnior, que está solicitando, inclusive, a realização de uma audiência pública para discutir a questão da empresa que se beneficia de isenção de impostos e adquire energia barata como forma de incentivo.

Rubens Júnior, com base em depoimento de funcionários que procuraram seu gabinete, faz uma grave denúncia contra o Consórcio: “Segundo a categoria a empresa estaria cometendo um desvio de atividade, com a redução da produção de alumínio para vender energia no mercado. Mas que energia seria esta, vocês podem se perguntar, nada mais nada menos do que a energia adquirida pela empresa a baixo custo por meio de benefícios do governo.” Alertou o parlamentar.

O temor maior dos trabalhadores é quanto a possibilidade de fechamento da fábrica de alumínio, visto que já estão sendo desligados 250 fornos em decorrência da perda de competitividade das operações, diante da elevação dos custos de produção.

Segundo a categoria, a justificativa para as dispensas não teria qualquer fundamento plausível, uma vez que a Alumar constantemente é beneficiada com a isenção de impostos estaduais para que mantenha as atividades no estado.

1 comentários :

Unknown disse...

Essa tragédia social era só uma questão de TEMPO. Sem fiscalização, a empresa está se preparando para fechar as portas no MA, impondo condições de trabalho sub-humanas e obrigando os seus empregados a operar uma fábrica sucateada. Quantos pais de família, por necessidade, aceitaram arriscar a vida em condições insalubres de trabalho. Onde estavam os órgãos de fiscalização do trabalho maranhenses? Com raras exceções, a imprensa fechava os olhos para essa exploração imposta por uma empresa que, sob o discurso da sustentabilidade, deixará apenas um saldo negativo para o meio ambiente e muitas vidas arruinadas.

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