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2 de abr. de 2014

O deputado Simplício Araújo (Solidariedade/MA) voltou a defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 15/2012), em tramitação no Senado Federal, que permite a participação de todos os integrantes do Judiciário na escolha dos presidentes dos tribunais plenos. A proposta é de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

“Apoio todas as propostas legislativas que solidifiquem a estrutura judiciária brasileira e que ampliem a democracia nos tribunais em todo o país. É fundamental que todos os magistrados possam participar do processo”, disse o parlamentar.

Atualmente, o processo eletivo nos órgãos diretivos dos tribunais de segundo grau não passa de uma mera homologação de um nome, já que a escolha se dá entre três desembargadores mais antigos e que ainda não tenham ocupado o cargo.

O deputado considera injusto que a eleição de escolha para a gestão autônoma dos tribunais beneficie apenas os desembargadores mais antigos, deixando de lado a competência dos outros magistrados. E classificou de “insensatez” a regra que não permite a participação de magistrados de primeiro grau como eleitores do processo de escolha de presidentes dos tribunais.

“São os magistrados de primeiro grau que estão na ponta do atendimento e sabem o que é melhor para o cidadão e o que fazer para tornar a Justiça mais útil e mais ágil”, apontou. Simplício já solicitou indicação ao Solidariedade para representar a sigla na comissão que irá analisar a proposta.

Apenas uma pequena parcela de magistrados participa das eleições para os seus órgãos diretivos. Estima-se que apenas 15% da magistratura, seja estadual, trabalhista ou federal, possuam o direito de eleger os presidentes dos seus respectivos tribunais. Não bastasse isso, para ocupar a presidência de um tribunal é preciso ser o desembargador mais antigo da Corte, de modo que, mesmo num universo restrito, nem todos os desembargadores são elegíveis, o que torna o processo de escolha uma mera homologação de um nome.

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