'

22 de mai. de 2014

O índice de 8,32% deve ser mesmo o melhor que a prefeitura pôde oferecer aos professores de São Luís.

As contas públicas municipais passam por um momento de rigoroso controle. A ordem é clara: é preciso cortar gastos em quase um terço. De acordo com documento enviado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) pela prefeitura,quase a totalidade dos recursos do Fundeb já estão comprometidos só com a folha do magistério. Vale lembrar que o Fundeb não deve custear apenas o salário dos professores. Reformas em escolas, melhorias pontuais e até a aquisição de material podem ser feitos com o recurso.

Ainda assim, conseguiram fazer um planejamento para conceder um reajuste maior que o de muitas capitais brasileiras. Curitiba, modelo de desenvolvimento, concedeu apenas 5,38%. No ano passado, os professores da capital maranhense receberam 9,5% de aumento, além de vários direitos garantidos pelo estatuto, como progressões horizontais e verticais, adicionais por titulação e por difícil acesso. Além do aumento de salário, o poder público deve trabalhar também para conceder esses benefícios aos que fizeram o pedido do ano passado para cá.

Os professores hoje tem também uma garantia concedida a poucos profissionais, em poucas capitais brasileiras: podem usar um terço de sua carga horária para atividades extraclasse, como preparar aulas ou fazer algum curso de aprimoramento profissional. Essa conquista também foi viabilizada pela prefeitura no ano passado.

E mesmo assim, decidiram pela greve. A quem interessa o movimento? Provavelmente, não às crianças ou suas famílias.

0 comentários :

Design de NewWpThemes