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21 de mai. de 2014


O deputado Othelino Neto, destacado membro da oposição e defensor dos movimentos sociais organizados criticou, nesta manhã de quarta-feira (21), a banalização das interdições de avenidas por movimentos de protesto.

Othelino ressaltou que considera legítimas as manifestações porque acha que as pessoas que estão se sentindo com seus direitos não atendidos têm mesmo de reivindicar e se manifestar, mas condena os excessos.

 “Não se pode considerar interditar uma avenida, interditar uma rua como um ato normal, um ato corriqueiro, porque, ao passo que se faz uma reivindicação e se consegue chamar a atenção da sociedade, é algo que diz respeito a direitos de milhares de pessoas que não conseguem ir ao seu trabalho, não conseguem ir para suas casas, não conseguem buscar seus filhos na escola, porque as avenidas, BRs e ruas estão interditadas”.

O parlamentar lembra que semana passada  milhares de pessoas não conseguiam entrar em São Luís, não conseguiam sair de São Luís, porque a BR-135 estava interditada. Ele esclarece que não se trata de crítica a A ou B, mas de uma avaliação sobre um excesso que está gerando incômodos mais diversos à população.

“Eu vi um motorista de Van, eu estava no município de Zé Doca na sexta-feira passada, dizer que veio a São Luís trazer passageiros e que ficou oito horas parado na BR com crianças no carro, crianças com fome, crianças chorando, com as mães muito aperreadas porque não conseguiam entrar na cidade”, relatou.

Para o parlamentar, o excesso de interdições de vias públicas merece uma reflexão de todos. “Acho todas legítimas e acho mesmo que tem que se chamar atenção das autoridades, mas não se deve vulgarizar, não se deve banalizar a interdição de estradas, a interdição de BR’s porque, ao reivindicar um direito, se tira o direito de outros cidadãos que querem ir ou querem vir. Então merece a reflexão”, observou Othelino.

“Vejo depoimentos sucessivos de pessoas que ficaram três, quatro, cinco, seis horas paradas em algum lugar, paradas em alguma via, porque não conseguiam sair porque tinha uma interdição. E como ficam aqueles que precisam ir para a casa? Que precisam chegar ao seu trabalho? Que tem um compromisso inadiável? Que tem uma consulta médica? Que tem que buscar ou deixar o filho na escola? Esses também merecem ter o seu direito de ir e vir respeitado”, defendeu.

E para concluir sugeriu que Governo do Estado, Prefeitura de São Luís e Ministério Público façam uma reflexão e avalie como lidar com esse tipo de manifestação que tira o direito das pessoas de andar livremente, não só em qualquer cidade, mas também nas BRs, no Maranhão e no Brasil a fora.

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