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6 de mai. de 2014


Editorial - Jornal Pequeno

Institutos de pesquisa gerenciados por analfabetos que sequer sabem escrever o nome dos candidatos, montagens fotográficas visando iludir o eleitor, intrigas fabricadas para jogar o candidato Flávio Dino contra o prefeito de São Luís e o prefeito contra lideranças que se somam à aliança oposicionista. O vale-tudo começou. Até uma performance circense para 10 prefeitos visando descolar o candidato Edinho Lobão do nome Sarney foi registrada esta semana.

Essas são as primeiras movimentações governistas de uma campanha que promete. O cenário nacional abastecido pelo fraco desempenho da economia e pelas denúncias de corrupção no colo do governo não sugere mais que Lula ou Dilma possam mudar a avaliação política do eleitor. O país afunda na crise do setor elétrico, com possibilidades cada vez mais prováveis de apagões ou racionamento de energia em pleno período da campanha eleitoral, o que deve influir negativamente nos governos estaduais aliados, inclusive e principalmente no Maranhão.

Por aqui o grupo Sarney se esbandalha vivendo crise política atrás de crise, e nem a inesperada troca de candidato a governador dá sinais de que tenha sido uma solução satisfatória.    Estamos no mês de maio e a sociedade civil organizada em todo o país já começa a sinalizar com os primeiros protestos. E isso em meio a uma Copa do Mundo também estigmatizada pela corrupção. Essa movimentação fará com que o eleitor ponha os olhos nos CPFs dos candidatos, observe o comportamento de cada um como pessoa física e como pessoa jurídica, como tem sido sua relação com a Justiça e com os órgãos de controle do Estado. Quem tiver histórico de corrupção vai estar ameaçado pela voz das ruas.

O prêmio das elites políticas e empresariais corruptas será o desprezo da população. Um sério indicativo disso é a queda vertiginosa da própria presidente Dilma Rousseff nas pesquisas e a elevação, em números, da proposta do PSDB de Aécio Neves. Sarney, símbolo estigmatizado da podridão política do PT do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, parece urtiga: os candidatos dele mesmo procuram se descolar de seu nome e não há presidenciável no país disposto a estar com ele no mesmo palanque.

Os outros senadores do grupo caminham no mesmo rumo. João Alberto já enfrenta dificuldades com a Polícia Militar do Maranhão, pois caiu na cilada de patrocinar com seu nome um acordo que nunca foi cumprido. O ministro Edison Lobão também pena à medida que avançam as investigações da Polícia Federal sobre a Petrobrás. E vai enfrentar, em plena campanha do filho Edinho Lobão, a CPI da Petrobrás.

São Luís se tornou uma das cidades mais violentas do mundo e o tráfico e a violência se expandiram vertiginosamente pelas cidades do interior do Estado. Por essas e por outras, o governo Roseana Sarney também é como urtiga: ninguém quer encostar.
                                                            

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