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7 de mai. de 2014

O PDT se esfacelou no curso da recente história brasileira. A ponto de não ter candidato a presidente e ter um tempo muito exíguo na televisão. No Maranhão, não foi diferente. Desde o passamento do seu líder maior, o ex-governador Jackson Lago, o PDT não conseguiu mais se reestruturar a ponto de ser a vanguarda das oposições no combate ao domínio político absoluto do grupo Sarney nesse Estado.

Foi o primeiro partido a produzir um líder capaz de impor uma derrota eleitoral ao grupo Sarney, a unir as oposições num único projeto de liberdade. Foi grande e pode voltar a ser grande, mas ainda precisa repensar os motivos que o enfraqueceram e reconstituir-se como opção política primordial do povo do Maranhão. É uma coisa que não acontece de uma hora para outra. O PDT precisa entender que a luta das oposições que culminou com a vitória de Jackson Lago se repete agora e que é sua responsabilidade permanecer nessa luta.

Não pode ser o PDT a única dissidência da oposição neste momento. Seria uma ofensa à sua história. Não é a disputa de um cargo de vice-governador que vai torná-lo forte novamente. Não é uma candidatura a governador sem perspectiva de vitória e capaz de sacrificar eleições de deputados estaduais e federais, ou uma combinação esdrúxula com partidos secretamente aliados a Sarney que vai refazer sua história no Maranhão.

Há quem não goste de frases feitas, mas dizia Rabindranath Tagore que quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza. Às vezes, por não reconhecermos nosso real tamanho, mais atrapalhamos que ajudamos e acabamos trocando de inimigo. Não há mal em refazer as forças antes de voltar à batalha; e, queiramos ou não, a política continua sendo o mesmo brutal jogo de interesses que sempre foi. Só estamos dizendo o que pensamos e julgamos ser o melhor neste momento para o PDT e para o Maranhão. (JM Cunha Santos)

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