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20 de jun. de 2014


A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), entregou esta semana a Usina de Beneficiamento de Leite de Cabra, instalada no campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Por meio dessa iniciativa, a Prefeitura vai ajudar a complementar a renda de 42 famílias da zona rural de São Luís, que aguardavam pelo funcionamento da usina há oito anos, desde que foi construída.

O secretário adjunto da Semapa, Domingos Paz, informou que a reativação da usina de beneficiamento de leite de cabra é uma determinação do prefeito Edivaldo. “Esse projeto faz parte de um compromisso do prefeito, em apoiar a agricultura familiar. E a caprinocultura é um complemento dessa atividade geradora de renda”, afirmou Domingos Paz.

O próximo passo para incrementar o projeto será a recuperação das capineiras, locais onde é plantado o capim para alimentar os animais. Domingos Paz revelou, inclusive, que a própria Uema já doou o terreno para a instalação das capineiras. “Tudo isso representa um avanço para os criadores, pois eles têm uma opção de trabalhar numa cadeia produtiva, que é o leite de cabra, e colocar no mercado um produto com todas as condições sanitárias necessárias, beneficiando economicamente suas famílias e a sociedade com uma alimentação saudável e nutritiva”, afirmou o adjunto.

Para a entrega do local aos produtores, o Município firmou parcerias com a Uema, Fundação Banco do Brasil e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Mário Jackson Bayma explicou que a Fundação Banco do Brasil doou o recurso para a reestruturação da usina, enquanto o Sebrae ofereceu treinamento dos produtores e a Uema doou o terreno, além de garantir assistência veterinária aos animais.

“A Semapa contratou uma empresa para recuperar os equipamentos, e viabilizou o treinamento dos produtores para o beneficiamento do leite e operação do laticínio. Por isso, é necessário que a Secretaria acompanhe o trabalho dessas pessoas para que nosso objetivo seja alcançado, a melhoria em suas rendas”, informou o coordenador.

A usina vai beneficiar caprinocultores, de oito comunidades da zona rural de São Luís, representados pela Associação dos Criadores de Cabra do Maranhão (Acema); e outros que deverão buscar o auxílio da usina a fim de facilitar a comercialização do leite produzido por seus animais. “Após o funcionamento da usina, será natural que outros produtores procurem a Acema, a fim de se associar para receber os benefícios oferecidos pelo projeto”, ressaltou Mário Jackson Bayma.

De acordo com o coordenador, a usina tem capacidade para produzir entre 150 e 200 litros de leite por dia. Inicialmente, serão beneficiados 30 litros com a perspectiva de chegar aos 100 litros diários, nas próximas semanas. Para isso, o local está equipado com beneficiadora, embaladora e freezers para armazenamento.

SONHO REALIZADO - Para o presidente da Acema, José de Ribamar Ferreira de Oliveira, a usina representa a realização de um sonho para criadores de cabra instalados de comunidades da zona rural de São Luís, entre elas Calembe, São Joaquim, Apaco – região da Cidade Operária, Cassaco, São Braz e Macaco.

“Com a entrega da usina, pela Prefeitura, haverá um incentivo maior em nossas vendas, pois iremos trabalhar com um leite certificado e poderemos diversificar nossa clientela, com a inclusão de supermercados e grandes comércios. Antes trabalhávamos de forma rústica, vendendo em mercados ou de porta em porta, correndo o risco de ter nosso produto apreendido pela Vigilância Sanitária, como aconteceu em algumas situações”, contou o presidente da Acema.

Ele disse ainda que a própria Uema será parceira na comercialização do leite. Um expositor ficará no restaurante universitário, a fim de que estudantes e funcionários possam ser futuros clientes. O objetivo é criar uma cultura de consumo do leite de cabra na cidade. Atualmente, o produto é adquirido, principalmente, como remédio.


O criador de cabras Elias Domingos Nogueira Pereira, morador da Vila Apaco, contou que a entrega da usina irá promover uma mudança em sua rotina, pois ele voltará a produzir leite, atividade que foi paralisada pelo não funcionamento da unidade de beneficiamento. “Quando a usina foi construída, em 2006, eu possuía cabras leiteiras; mas, como nunca funcionou, fui obrigado a descartar essa atividade e ficar somente com a venda da carne. Agora, teremos muitas vantagens para aumentar nossas rendas, pois vamos trabalhar com um produto beneficiado e certificado”, afirmou.  

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