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10 de dez. de 2014

Roseana Sarney (PMDB) renuncia, hoje, ao mandato de governadora do Maranhão e passará o comando do Estado para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, que ficará interinamente no cargo até o dia 31 de dezembro.

A carta renúncia será entregue a Arnaldo Melo por volta das 8h, no Palácio dos Leões, e será levada por ele ao plenário onde será lida em sessão extraordinária a ser realizada às 9h, antes da sessão normal.

Segundo informou o vice-presidente da Casa, deputado Max Barros, será cumprido apenas o que determina a lei em caso de vacância do cargo de governador.

“Vamos cumprir apenas o rito regimental. A partir do momento que for lida a carta de renúncia, a Constituição manda assumir o presidente da Assembleia e é isso que vamos fazer hoje”, observou Max Barros.

O presidente interino da Assembleia é quem dará posse a Flávio Dino, enquanto a Arnaldo Melo caberá a transferência da faixa governamental, no Palácio dos Leões. Após cumprir o protocolo, Arnaldo volta para a presidência da Assembleia Legislativa para cumprir o restante do mandato que expira diz 31 de janeiro de 2015.

A governadora que está encerrando seu quarto mandato deverá passar uns dias em São Luís, na casa do Calhau, e somente deverá embarcar para a Flórida (USA) dias antes do Natal.  

Roseana se despede do governo em meio uma rigorosa investigação da Polícia Federal sobre o escândalo de corrupção na Petrobras e com seu nome citado em delação premiada como beneficiária do esquema que sangrou os cofres da estatal do petróleo.

Na última quinta-feira, ao inaugurar a Avenida Quarto Centenário, mesmo com a insistência dos jornalistas para que ela se manifestasse sobre o escândalo da Petrobras e sobre a citação do seu nome, ela se recusou a falar sobre o assunto: “Não quero saber disso”, foi a resposta às indagações se temia ser presa após deixar o mandato.   

Roseana encerra hoje um ciclo de poder, que já dura cinquenta anos, deixando como herança o caos generalizado e uma série de obras inacabadas, a exemplo das duas avenidas inauguradas. Mas no rol de obras não concluídas há ainda a duplicação do sistema Italuís – sob suspeita de irregularidades investigadas pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato –, 40 hospitais inconclusos no meio do nada, escolas de tempo integral – a governadora entregou na semana passada, fim de ano letivo, a primeira e única no antigo Colégio Maristas.

Outro legado deixado por Roseana é o sucateamento do Sistema de Segurança do Estado. Por conta do abandono a que foi relegado nos últimos dois governos de Roseana, o Estado, hoje, bate recorde de assassinatos no país. Segundo o ex-secretário de Segurança, deputado Raimundo Cutrim, o Maranhão vive hoje clima de guerra de civil.

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