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11 de nov. de 2013

Folha de São Paulo

Os principais dirigentes do PT usaram a eleição interna da sigla, ontem, para dar recados para dentro e cimentar as bases das duas campanhas mais importantes que o partido irá disputar em 2014: a da presidente Dilma Rousseff pela reeleição e a do ministro Alexandre Padilha (Saúde) pelo governo de São Paulo.

Ao votar em São Bernardo do Campo, ABC paulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou que o PT tenha uma direção "comprometida" com Dilma e com a vitória de Padilha no Estado.

"Nós temos chance de disputar eleições em muitos Estados importantes, e eu diria que o mais importante de todos, depois da presidenta Dilma, é São Paulo", disse ele.

Lula e Dilma, que votou em Brasília sem falar com a imprensa, trabalharam para a recondução do presidente nacional do PT, Rui Falcão, um dos já escolhidos internamente para coordenar a campanha presidencial em 2014.

O mesmo ocorreu em São Paulo. O favorito à presidência do diretório estadual, o ex-prefeito de Osasco Emidio de Souza, recebeu o apoio de Lula e será o coordenador da campanha de Padilha ao Palácio dos Bandeirantes.

Em São Paulo, Lula articulou inclusive a retirada da candidatura de outro postulante de sua ala, o deputado federal Vicente Cândido.

O resultado das eleições petistas, cujos filiados votam por meio de cédulas de papel, deve ser divulgado até amanhã.

Em uma tumultuada passagem pelo diretório de São Bernardo, Lula votou acompanhado de Alexandre Padilha e Emidio.

Apesar de não concorrer a cargos na direção petista, Padilha fez uma peregrinação típica de candidato. Pela manhã, acompanhou o voto de Emidio em Osasco. Em seguida, foi acompanhado por ele e Falcão ao votar no bairro do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, e só então foi para São Bernardo.

Durante todo o dia, a comitiva foi acompanhada por assessores, fotógrafos próprios, cinegrafistas e jornalistas.

Rui Falcão, que votou em São Paulo, afirmou que o PT terá entre dez e 12 candidatos aos governos estaduais.

Ele reforçou que toda a negociação de alianças deverá ter como norte a reeleição de Dilma, mesmo que isso implique em ceder a cabeça de chapa em algumas disputas.

"As nossas direções estaduais têm uma sintonia com a linha nacional. E a nossa orientação nacional é reeleger a presidenta Dilma, aumentar o número de deputados e de senadores", disse.

Ele mencionou alguns Estados onde o PT deverá enfrentar negociações duras com o PMDB, principal partido da base de sustentação do governo federal.

No Maranhão, por exemplo, o partido apoiou nas últimas eleições a governadora Roseana Sarney (PMDB).

Oposicionistas internos defenderam apoio à candidatura de Flávio Dino (PC do B), adversário da família Sarney. (DIÓGENES CAMPANHA)

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