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3 de fev. de 2014


A aliança entre o governador Eduardo Campos (PSB-PE) e a ex-senadora Marina Silva apresentará amanhã em Brasília suas diretrizes para eventual governo, priorizando cinco grandes eixos, entre eles a necessidade de uma ampla reforma urbana.

Campos e Marina se uniram em outubro após o fracasso na criação do partido da ex-senadora, a Rede, e, de acordo com a última pesquisa do Datafolha, de dois meses atrás, figuram em terceiro lugar na corrida ao Planalto (11%), atrás do tucano Aécio Neves (19%) e da petista Dilma Rousseff (47%).

No evento de amanhã, que será realizado em auditório da Câmara dos Deputados, o governador e a ex-senadora irão pregar ainda a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento que não esteja focado apenas na questão econômica e o "realinhamento histórico" de "setores progressistas" -o que em eventual governo incluiria, na cabeça dos dois, dissidentes do PT e do PSDB.

Na questão urbana, o documento com as diretrizes de governo da chapa elenca de forma genérica uma série de ações de combate à violência, poluição e caos no trânsito.

Cita ainda a necessidade de fortalecer políticas públicas para os jovens da periferia, em clara referência às manifestações de rua de junho e aos "rolezinhos" de jovens nos shoppings de São Paulo.

O texto ainda pode passar por mudanças, já que tanto Marina quanto Campos ainda analisavam até ontem o documento, que foi sistematizado pelo secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, e o coordenador-executivo da Rede, Bazileu Margarido.

Um dos principais focos de tensão da aliança, a definição das candidaturas nos Estados, ficará de fora do ato – ficou acertado que essas questões, assim como a possível oficialização do nome de Marina como vice na chapa, devem ficar para depois do Carnaval.

O PSB e a Rede se estranham em vários Estados em relação aos rumos da aliança. Em geral, choca-se a pretensão de Marina de lançar nomes "novos" com a disposição do PSB de fechar alianças firmadas antes da adesão da ex-senadora, como o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.

MARKETING - No evento de amanhã, será exibido um vídeo sobre a aliança Campos-Marina preparado pelo publicitário argentino Diego Brandy, que coordenará o marketing da campanha. É esperada também a presença do PPS, que após fracassar em uma série de projetos presidenciais, aderiu à candidatura de Campos em dezembro.

Seguindo o script padrão nesse tipo de situação, a ideia é transformar esse apoio também em um "ato", já que tanto Campos quanto Marina devem ir à sede do PPS "fazer o convite" para que o partido integre a coligação (Folha de São Paulo).

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