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25 de abr. de 2014

Editorial - Jornal Perqueno


Lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fortunas imensuráveis em paraísos fiscais, propinodutos vazando por todos os lados, estatais contaminadas pelo vírus da corrupção. Este é o retrato multifacetado da República criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil. Um estranho regime de governo cujos principais operadores são doleiros desonestos e empresários corruptos, que, sob a guarda do Estado, assaltam os cofres públicos da Nação.

Ponto e vírgula, pois tardava já o envolvimento do governo do Maranhão nas macacadas financeiros do doleiro Alberto Youssef, e a denúncia da revista Época alcança um ponto de interseção entre as instituições públicas no Maranhão: o Poder Judiciário já suou a camisa o quanto pode para que o Poder Executivo pague os precatórios devidos, mas parece que cumprir decisão judicial não faz parte dos deveres do governo do Maranhão. Entretanto, a República da propina começa a fazer água, posto que a população toma conhecimento das negociatas subterrâneas do governo do PT, inclusive com a principal estatal do país, a Petrobrás, e os rombos financeiros no setor energético começam a ser avaliados como responsáveis pelos apagões intermitentes e pela possibilidade não descartada de racionamento de energia em todo o país.

Os reservatórios secaram sob as vistas de um governo mais preocupado em garantir a impunidade dos corruptos que com outra coisa qualquer, e as alternativas possíveis minguaram porque não houve tempo para encarar a realidade do país.

Youssef foi preso em São Luís depois de seis meses de idas e vindas carregando de um lado para outro o lava-jato que viria ensaboar precatórios no Maranhão. Os doleiros e propineiros estão em todas as faces e fases da economia brasileira e, porca miséria, vieram fustigar precatórios aqui no Maranhão. E eis porque, dentro outras razões, Lula é um pau mandado de José Sarney na política maranhense. O que se pergunta é se a Justiça não soube dessa negociata com os precatórios antes dessa divulgação.

A governadora (parece até Graça Foster com a hilariante história das cláusulas não lidas na compra de Passadena) oferece a desculpa de que o contrato foi vantajoso para o Maranhão e rendeu ao Estado uma economia de R$ 29 milhões. Desculpa esfarrapada. Governos sérios não negociam com doleiros.

É esta a República da propina. Todo mundo se acha no direito de enfiar dinheiro público no bolso e muitos raros são os corruptos que não recebem o apoio eleitoral firme e descarado do ex-presidente Lula. Ele já pediu votos até para um pessoal que estava acabando de sair da cadeia. E podem apostar que é o principal chefe do Mensalão e escapou à Justiça apenas porque é tradição brasileira proteger a figura presidencial.

Afunda-se o governo do PT num mar de lama desproporcional. Lula é o líder carismático do povo brasileiro e enquanto for assim será este país o paraíso vulnerável da corrupção.

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