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24 de abr. de 2014

Doleiro Alberto Youssef e suas relações perigosas com o governo Roseana

O deputado federal Simplício Araújo (Solidariedade) e os estaduais Marcelo Tavares (PSB), Othelino Neto (PSB) e Bira Pindaré (PSB) consideram muito grave a denúncia feita pela revista Época desta semana que apontou o envolvimento do doleiro Alberto Youssef (foto) em pagamento de dívidas do governo do Maranhão. Segundo adiantou Tavares, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, “a oposição vai se reunir, vai buscar melhores informações e vai adotar uma linha de investigação para que mais essa falta de vergonha com os interesses do Maranhão não fique impune”.
Os quatro parlamentares, na Câmara Federal e no Poder Legislativo do Maranhão, repercutiram o fato da Polícia Federal ter descoberto, na Operação Lava Jato, que o doleiro aparece em meio a conversas telefônicas tratando da negociação do pagamento de precatórios do governo do Maranhão à empresa Constran. A dívida, que supera R$ 110 milhões, refere-se a serviços de terraplanagem e pavimentação da BR-230 contratados na metade da década de 1980.
Simplício Araújo lamenta que mais uma vez o Maranhão esteja envolvido em escândalos. “A revista traz uma denúncia, da maior gravidade, apontando que o doleiro estava no Maranhão negociando precatórios com o governo do estado e auferindo lucros por meio destas negociações. Lamentavelmente isso demonstra que o grupo Sarney não está raspando o fundo do tacho. Está querendo levar o tacho e deixar o estado quebrado”, apontou.
No início das investigações que culminaram na Operação Lava Jato, deflagrada há um mês, a PF imaginava que o doleiro estaria envolvido apenas com lavagem de dinheiro e evasão de divisas, práticas pelas quais já havia sido acusado. À medida que a investigação avançava, a PF descobriu a atuação do doleiro em outras frentes de negócios. Uma delas surpreendeu os agentes federais: Youssef aparece em meio a conversas telefônicas tratando da negociação do pagamento de precatórios (dívidas antigas) do governo do Maranhão à empresa Constran.
Marcelo Tavares, afirmou que o doleiro estava aqui negociando o acordo de uma empreiteira com o Governo do Estado, acordo esse que lesa o Maranhão em mais de cem milhões de reais, conforme denunciou a Revista Época, apresentando como prova e-mail trocados entre o doleiro e a empresa beneficiária da transação. Segundo Tavares “nós precisamos apurar mais esta imoralidade feita com o dinheiro público no Maranhão. O governo de Roseana Sarney acertou um acordo com esta CONSTRAN de mais de cem milhões de reais para o próximo governador pagar”, denunciou.
“Basta! Fazer um acordo judicial, até é legal, agora, fazer acordo judicial intermediado por doleiro preso pela Polícia Federal só o governo do Maranhão. Qual seria essa conta que ele ia depositar o dinheiro lá no exterior? Se a Polícia Federal quiser investigar, vai descobrir. Vai demorar um pouco para saber com quem falava aqui no Maranhão, porque pelo noticiário nacional só telefone celular ele tinha 21, mas eles vão chegar. Se quiserem apurar vão achar quem era esse prodigioso membro do governo no Maranhão que tratou com Alberto Yousseff o acordo com a construtora Constran, mais de cem milhões de reais.
Para o deputado Bira do Pindaré, o governo do Maranhão deve esclarecimento e diz que o povo do Maranhão não pode mais ficar alheio ao que acontece com o dinheiro público, envolvendo situações como essa, escandalosas e que repercutem no Brasil. “E certamente vai acabar na CPI lá no Senado, porque as coisas estão relacionadas umas com as outras. Então não duvido muito que esta CPI tenha que fazer uma itinerância no Maranhão. Uma itinerância para analisar o percurso desses operadores aqui. Então é muito importante que a gente atente para os acontecimentos na forma que se dão”, observou Pindaré.
Outro lado – Embora os líderes do governo estivessem presentes em plenário, nenhum deles contestou a denúncia da Revista Época e muito menos defendeu o governo da acusação de envolvimento com o doleiro preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
César Pires (DEM), Roberto Costa (PMDB), Edilázio Júnior (PV), Jota Pinto (PEN) até que usaram a tribuna, mas se limitaram a repercutir a festa em que o senador Edinho Lobão (PMDB) foi apresentado como candidato do grupo Sarney à sucessão de Roseana. Simplesmente igonararam as acusações contra o governo.

1 comentários :

Unknown disse...

Falando nisso KD o Secretário de Saúde? que ninguém ver nos últimos movimentos da gangue.

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