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30 de jan. de 2014

Editorial – Jornal Pequeno


No próximo dia 3 de fevereiro encerra o recesso da Assembléia Legislativa do Maranhão, com muitas questões graves da política maranhense em pauta. Os deputados irão debater, dentre outros assuntos, o arquivamento da proposta de impeachment da governadora Roseana Sarney feita por advogados ligados a organizações de direitos humanos. Voltará à tona o caos na segurança pública, mas é fato que os ânimos se acirrarão muito mais por ser este um ano eleitoral.

O que se espera é que as decisões do Poder Legislativo sejam marcadas pela sobriedade política tantas vezes demonstrada pelo presidente, deputado Arnaldo Melo. Há muito tempo nesse Estado não se via um governo tão confinado pela opinião pública e pelas instituições deste país como está neste momento o governo Roseana Sarney. Mas é preciso entender que o chamado rolo compressor, ou seja, a maioria governista da Assembléia, ainda dá as ordens. Acima de todos os questionamentos há o fato predito por Luis Carlos Prestes de que um governo que não se defende não é um governo.

Não caberão, nesse processo, razões humanas, mas espera-se apenas que os parlamentares consigam colocar nesse debate, acima de seus interesses pessoais, os interesses do povo. A luta agora não pode se confinar na mesquinhez da disputa de mandatos; afinal de contas, vivemos e sobrevivemos no estado mais pobre da Federação.

O que estamos tentando dizer é que há uma juventude      desempregada, às vezes faminta de futuro e de educação. Não é o julgamento da governadora o que interessa; o que interessa na verdade é o julgamento de um modelo político implantado aqui há quase 50 anos. Vamos pensar que ainda somos campeões de pobreza absoluta, vamos pensar que o Maranhão também é Brasil e que as regras da democracia não permitem que em nome do poder seja, afinal, o povo sacrificado.

Livrem-se, senhores parlamentares, dos aproveitadores ideológicos e cumpram a missão que lhes foi confiada pelo povo. Não rasguem mais uma vez a Constituição deste país. Recoloquem este estado no caminho da paz e do desenvolvimento.

Não queremos mais ser essa confraria de renegados e entristecidos. O Maranhão, afinal de contas, só quer voltar a ser Brasil. Porque no fundo sabemos que os homens públicos são obrigados a pensar não apenas nos seus filhos, mas também nos filhos de todos nós.

O Maranhão está machucado e nenhuma decisão pode ser tomada sem levar em conta o que nos devem de progresso e desenvolvimento.

Digam a todos senhores, deputados, que só o povo tem o direito de falar em nome da liberdade.

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