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28 de jan. de 2014


Pelo andar da carruagem, a candidatura do PMDB ao governo do Maranhão viverá em 2014 um raro caso de solidão política. Uma solidão determinada pelas executivas nacionais dos principais partidos políticos com força no Estado e no país. A última manifestação veio do líder do PSDB, deputado federal Antônio Imbassay.

O tucano, em entrevista exclusiva concedida ao blog do jornalista Jhon Cutrim, admitiu um aliança política com o PCdoB de Flávio Dino no Maranhão. Em linguagem diplomática, significa que quer e merece distância da candidatura apoiada pelo governo do Estado. O PMDB vai para o embate de 2014 sem a companhia de nenhuma das principais siglas partidárias do país.

Parece medo de coceira. Flávio Dino poderá ter em seu palanque os mais tradicionais adversários políticos do momento no Brasil: o PSDB e o PT. No caso do PT, o caldo engrossou depois que o presidente nacional do partido, Rui Falcão, revelou ter sido destratado durante meia hora pela governadora do Maranhão. E é muito provável que a coceira que afasta todo mundo do PMDB do Maranhão tenha a ver com a crise de violência e insegurança pública que assustou a comunidade internacional.

A força da máquina governamental pode até arrastar para o palanque do candidato do governo a eterna fila de siglas de aluguel que a cada eleição vende segundos na propaganda eleitoral, mas que em se tratando de votos são o mesmo que um zero à esquerda. PT, PSDB, PSB, PDT, PC do B, PTC (e até o PPS, se a deputada Eliziane Gama não for candidata) e tantos outros devem apoiar a candidatura de Flávio Dino, o que pode garantir uma situação singular: pela primeira vez no Maranhão um candidato de oposição pode ter mais tempo de televisão que um candidato do governo.

Sobrará, certamente, para o candidato do PCdoB uma grande confusão: a escolha, entre tantos aliados de peso, dos candidatos a vice-governador e ao Senado. Flávio Dino também vai ter que se coçar. (JM Cunha Santos)

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