O tucano, em entrevista exclusiva concedida ao blog do jornalista Jhon
Cutrim, admitiu um aliança política com o PCdoB de Flávio Dino no Maranhão. Em
linguagem diplomática, significa que quer e merece distância da candidatura
apoiada pelo governo do Estado. O PMDB vai para o embate de 2014 sem a
companhia de nenhuma das principais siglas partidárias do país.
Parece medo de coceira. Flávio Dino poderá ter em seu palanque os mais
tradicionais adversários políticos do momento no Brasil: o PSDB e o PT. No caso
do PT, o caldo engrossou depois que o presidente nacional do partido, Rui
Falcão, revelou ter sido destratado durante meia hora pela governadora do
Maranhão. E é muito provável que a coceira que afasta todo mundo do PMDB do
Maranhão tenha a ver com a crise de violência e insegurança pública que
assustou a comunidade internacional.
A força da máquina governamental pode até arrastar para o palanque do candidato
do governo a eterna fila de siglas de aluguel que a cada eleição vende segundos
na propaganda eleitoral, mas que em se tratando de votos são o mesmo que um
zero à esquerda. PT, PSDB, PSB, PDT, PC do B, PTC (e até o PPS, se a deputada
Eliziane Gama não for candidata) e tantos outros devem apoiar a candidatura de
Flávio Dino, o que pode garantir uma situação singular: pela primeira vez no
Maranhão um candidato de oposição pode ter mais tempo de televisão que um
candidato do governo.
Sobrará, certamente, para o candidato do PCdoB uma grande confusão: a escolha,
entre tantos aliados de peso, dos candidatos a vice-governador e ao Senado.
Flávio Dino também vai ter que se coçar. (JM Cunha Santos)
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