Flávio Dino (PCdoB) e o arcebispo de
São Luís, Dom Belisário, se reuniram na manhã desta segunda (14) na Catedral da
Sé, no Centro de São Luís. As duas lideranças demonstraram preocupação com o
aumento da violência no estado e a preservação do patrimônio histórico da
capital.
Dom Belisário apresentou a Flávio Dino
o projeto de construção do Museu de Artes Sacra como área de visitação e centro
de cultura na cidade. O arcebispo falou de sua preocupação com o aumento da
criminalidade, como foi demonstrado recente pesquisa divulgada pela Organização
das Nações Unidas em que São Luís aparece como a 15ª capital mais violenta do
mundo.
No caso do Centro Histórico, que possui
milhares de casas sem habitação, Dino e Dom Belisário concordaram que a
ocupação de moradias e utilização de prédios pelo poder público podem ser
alternativas viáveis para que o Centro não seja abandonado.
“É preciso que o governo do estado seja
o promotor desse desenvolvimento. Com projeto para dar vida ao Centro
Histórico, recuperando áreas de moradia e órgãos públicos,” sugeriu Flávio
Dino, ao comentar que ações desse tipo também diminuiriam o déficit
habitacional, que no Maranhão chega a 450 mil moradias.
A ação do poder público pode atuar
também com a dinamização do comercial visando a valorização dos espaços
públicos. Dino citou como exemplo o projeto Porto Digital, de Recife (PE), que
deu vida nova ao Centro Histórico da capital pernambucana. “Ações simples, com
valorização de nossa gente e nossas riquezas como o Centro Histórico, são
necessárias para virar a página do Maranhão,” completou Dino.
A reunião foi acompanhada por membros
de entidades civis, religiosas e políticas. Márcio Jerry (presidente estadual
do PCdoB), José de Ribamar Paeta, Eurico Fernandes, Zenir (Pastoral da
Juventude) e Karla Trindade.
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