O
Maranhão é o estado brasileiro com menor número de médicos do país. A proporção
é de 0,71 profissional para cada 1000 habitantes. O Hospital Municipal de
Imperatriz, conhecido como Socorrão, é o retrato dessa precariedade. É para lá
que vão os doentes mais graves de pelo menos 100 municípios do Pará, do
Tocantins e do Maranhão. Com 400 leitos, o Socorrão é o único da região
com UTI e, ainda assim, tem apenas trinta vagas.
Na
tentativa de aliviar a demanda, a prefeitura aluga cinquenta leitos na rede
particular. Isso ajuda, mas pouco. Os pacientes se amontoam no hall de entrada
do hospital.
Na falta
de médicos e enfermeiros, os doentes são ajudados pelos acompanhantes. Na
enfermaria, as camas são enferrujadas. “Fazemos o que está ao nosso alcance,
mas às vezes acontece de o paciente morrer na fila de espera”, diz o prefeito
Sebastião Madeira (PSDB). “Além da sobrecarga do sistema, recebemos
mensalmente apenas 6,5 milhões do governo federal, mas gastamos no mínimo o
dobro com a rede de saúde do município”.
A 500
quilômetros dali, em Matões do Norte, o hospital da cidade está pronto desde
2011. Apesar de já ter camas e colchoes novos, não recebe nenhum paciente. O
hospital faz parte do programa Saúde é Vida, da governadora Roseana Sarney
(PMDB).
Motivo:
hospitais como o de Matões foram construídos para ser instituições municipais,
mas faltou combinar com os prefeitos.
0 comentários :
Postar um comentário