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10 de dez. de 2013

Por Flávio Dino

Esta semana marcou um episódio histórico para o turismo brasileiro. Chegamos ao turista número 6 milhões, marca nunca antes alcançada na história de nosso país. A Embratur comemorou o fato, recepcionando a turista no Aeroporto do Galeão, uma das portas de entrada que mais cresceram no país. Simbolicamente, foi escolhida uma turista argentina, país que mais envia visitantes ao Brasil. Foi uma forma de reconhecer a força de nosso principal parceiro na economia do turismo.

Com o resultado que se desenha para este ano, mantemos a marca de crescimento acima da média mundial. No ano passado, por exemplo, crescemos 5% ante 3% da média planetária. Esse êxito é fruto de um planejamento acertado da estratégia promocional da Embratur, que tem aproveitado a oportunidade proporcionada pelos megaeventos para gerar um ciclo virtuoso no turismo brasileiro. A Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo interessam não apenas pelos turistas que trazem durante sua realização. A exibição desses eventos pela TV, para bilhões de pessoas no mundo todo, garante uma grande exposição que, se for bem trabalhada, vai consolidar turismo brasileiro em um novo patamar.

E é o que temos feito, ao realizar um evento por dia útil no exterior, incluindo a ação que criei em minha gestão, o premiado Goal to Brasil, em que reunimos operadores de turismo dos países que mais enviam turistas para cá e fazemos uma verdadeira imersão em Brasil, passando informações detalhadas sobre andamento das obras para a Copa e de nossos principais destinos turísticos. Com isso, já capacitamos mais de 2 mil operadores de turismo, preparados para vender viagens para o Brasil com um grande volume de informações.

O crescimento da entrada de turistas estrangeiros representa ganhos econômicos diretos para, pelo menos, 10 milhões de brasileiros que ganham sua vida trabalhando com turismo. Obviamente, o impacto econômico da entrada de dólares se espraia por vários outros segmentos da sociedade. Este ano, o país já recebeu 5,6 bilhões de dólares entre janeiro a outubro de 2013, um recorde histórico para o período. Convertido em moeda nacional, esse montante significou uma receita de R$ 12 bilhões para o país – 10,7% a mais que no mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia do que esses quase R$ 12 bilhões representam para o país, é mais do que entrou em nossa economia por meio de importantes indústrias, como a automobilística, que gerou US$ 4,6 bilhões de janeiro a outubro deste ano. E é muito próximo do valor que ingressou em nossa economia com as exportações do setor de papéis e celulose.

Para ampliar ainda mais a importância desse setor na economia, na Embratur estamos apostando também na diversificação do perfil dos turistas, para seguir sempre crescendo. Por isso, encontrei na semana passada com a ministra da Cultura Marta Suplicy para debatermos os próximos passos da promoção dos patrimônios históricos brasileiros. A primeira edição do plano já está em andamento, com investimento de R$ 3 milhões por parte da Embratur. Faremos, em março, uma exposição em Madri de nossos 12 patrimônios reconhecidos pela Unesco. O Centro Histórico de São Luís estará presente. Ainda em 2014, faremos press trips, trazendo jornalistas para conhecer nossas cidades históricas, como já fizemos dez vezes com o Maranhão no período em que estou à frente da Embratur.

São ganhos os quais me orgulho de ter ajudado a nascer nos últimos dois anos e meio em que estive à frente da Embratur por determinação da presidenta Dilma. Período este que vem chegando ao fim, para que possa me dedicar a outras missões, como o movimento Diálogos do Maranhão e a pré-campanha para o governo do Estado. Espero, também nessas novas funções, poder continuar contribuindo com o desenvolvimento do Maranhão e do Brasil.

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