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13 de set. de 2013

A Universidade Estadual do Maranhão continua repercutindo na classe política. O deputado Bira do Pindaré (PT), por exemplo, responsabiliza a governadora Roseana Sarney (PMDB) pela péssima colocação da UEMA no ranking de estatísticas da Folha de São Paulo.

No item Ensino, a UEMA ocupa a 119ª no Brasil e é a penúltima do nordeste. Em um indicador de 0 a 100 a nota final da UEMA foi 32.36, só ganha da Universidade estadual de Alagoas. No item Pesquisa, a nota da UEMA é 13.92. No item Mercado é 12.5.

O deputado Bira isenta de culpa pelos vergonhosos indicadores os professores, servidores e estudantes da UEMA. Para ele a responsabilidade total é da Governadora. Bira defendeu maiores investimentos do Governo do Estado na UEMA e lembrou que pôde constatar a precariedade da situação da Universidade quando esteve em reunião com estudantes de Bacabal.

“Eu estive em Bacabal a convite dos estudantes e eles mostraram para mim, fui a cada dependência da Universidade, e pude constatar com meus próprios olhos que realmente a situação é gritante, obras inacabadas. A carência de professores é gritante. O curso de Direito praticamente não tem professor titular. A ampla maioria dos professores é provisória, com contratos precários, ganhando R$ 1.100,00 para ser professor da UEMA”, criticou Bira.

Para o parlamentar o povo maranhense clama por oportunidades. A população local viaja para outros estados em busca de empregos e acaba arriscando a vida em situações precarizadas e até análogas a escravidão. “O Maranhão não exporta nada. Não exporta tomate, não exporta cebola, não exporta laranja, a gente exporta é trabalhador para todo lado, que acaba virando escravo, minério de Ferro e Soja”, protestou Bira.

O Deputado ainda lembrou que dos maranhenses que recentemente foram soterrados no desabamento de uma obra em São Paulo, alguns conseguiram escapar foram libertados pelo Ministério Público do Trabalho, porque estavam em regime de trabalho degradante, nessa mesma obra.

De acordo com o Deputado, a falta de oportunidades no Maranhão cria esta realidade e não são necessárias estatísticas para concluir que o estado caminha por um trajeto preocupante. “Não estamos comemorando, estamos preocupados querendo encontrar uma solução para o Estado. Vamos continuar trilhando pelo mesmo caminho, tentando construir um projeto alternativo que seja viável, capaz de oferecer perspectiva de vida digna para a população. Porque isso não existe no Maranhão. Esse sol, peneira nenhuma vai conseguir esconder, é a nossa triste realidade”, apontou Bira.

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