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10 de out. de 2013

Em inflamado pronunciamento na Câmara Federal nesta quinta-feira, o deputado Domingos Dutra (Solidariedade) disse que no Maranhão não tem governo. Segundo Dutra, a governadora apenas dorme e joga, o estado virou um caos e a região metropolitana de São Luís está uma bagunça generalizada; não há água, e a violência tomou conta de todo o Estado. 

O deputado maranhense relatou aos congressistas sobre a rebelião em Pedrinhas, falou dos 13 mortos e 30 feridos e informou que o Maranhão é o estado que tem o maior número de encarcerados executados no interior dos presídios e, ao mesmo tempo, é o Estado que tem o maior número de encarcerados que, uma vez fora do cárcere, também são executados.
De 2009 para cá, quando a atual Governadora, através de um golpe judiciário, assumiu o Governo, já são 169 presos mortos no interior dos presídios do Estado do Maranhão.

Conforme levantamento feito pelo parlamentar, a segurança pública virou um caos, pois somente nos primeiros dez dias de outubro foram assassinados 16 presos. Para Dutra, “é preciso que o Governo Federal faça uma intervenção urgente no sistema de segurança do estado. Ele lembrou que em 2010 o Ministro José Eduardo Cardozo, quando houve uma rebelião em Pinheiro e outra em São Luís com vários presos decapitados, veio ao Estado e prometeu recursos, só que o Governo do Estado, a cada vez que o Governo Federal aloca recursos, retira da segurança pública.

Conforme a denúncia do parlamentar levada ao conhecimento dos congressistas, além da insegurança e da violência no cárcere, a população no Maranhão vive insegura.

“Coincidência ou não, o fato é que após a atual governadora ter tomado o governo de Jackson Lago, a pistolagem, que estava erradicada, voltou a operar no Maranhão. Em São Luís, Imperatriz, Presidente Dutra, Gonçalves Dias e Santo Antônio dos Lopes, nos últimos dias, foram executados advogados, ex-deputados, e na última quarta-feira foi executado um militante do PDT chamado Cabo Silva, uma pessoa extremamente conhecida e atuante, que tinha uma presença muito forte junto às rádios AM”.

Para Domingos Dutra, o estado, além dos péssimos indicadores sociais, que o IPEA, o IBGE e outros institutos periodicamente expõem para o Brasil, o Maranhão vive internamente um caos, “uma insegurança absoluta expressa principalmente em mortes — dentro dos presídios, nas ruas da Capital, nos bairros populares, nos bairros de classe média”, observou.

Na avaliação do parlamentar, ex-integrante da Comissão Carcerária, “é preciso que o Governo Federal e o ministro da Justiça, urgentemente, façam uma intervenção no sistema carcerário brasileiro. Eu vou preparar uma denúncia para a Comissão de Direitos Humanos da ONU e vou encaminhar essa mesma petição para a Comissão de Direitos Humanos da OEA, porque o caos no Maranhão é similar ao que existia no Espírito Santo, e a situação no Espírito Santo só melhorou depois que a ONU e a OEA vieram e exigiram do governo brasileiro, que, por sua vez, teve que exigir do governo do Espírito Santo providência para superar o caos”.



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