“Nós
vivemos tempos difíceis, tempo de caos e de barbárie”, com esta triste
constatação o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) resumiu a situação de
terror vivida pela população do Maranhão.
O
parlamentar em discurso na Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira
(10), protestou contra o cenário de barbárie, homicídios, rebelião, ônibus queimados
que tomou conta da ilha de São Luís na noite desta quarta-feira (09). Bira
lembrou que a rebelião e os assassinatos registrados vêm se repetindo ao longo
dos meses e dos anos.
No
entendimento do Deputado, os assassinatos do Cabo Silva, do Jouberth de Jesus,
André Ribeiro e do bancário Jeter Joran (amigo de Bira) contrariam a tese de
que só estavam sendo assassinados integrantes de facções criminosas.
Cabo
Silva, militante das causas sociais e filiado ao PDT, foi executado com dois
tiros nas proximidades de sua residência. No mesmo dia foram executados, na
Vila Passos, Jouberth de Jesus e André Ribeiro que jogavam baralho na porta de
casa. Jeter Joran foi assassinado quando chegava à sua residência de um
supermercado e até não se sabe o motivo desta execução.
Na noite
desta quarta-feira, o clima de insegurança se espalhou pela cidade e
informações desencontradas sobre o número de mortos eram divulgadas a todo
instante pelos veículos de comunicação. Bira relatou outra situação
problemática em restaurantes na Avenida Daniel de La Touche, onde dois homens
armados ameaçaram as pessoas e geraram um tumulto imenso.
De acordo
com o deputado Bira, o Secretario de Segurança, quando perguntado sobre o caos
no sistema de segurança pública, responsabiliza os adolescentes, os traficantes
e o Poder Judiciário. O Secretario não dá um parecer sobre a situação da
segurança pública, que de fato, é responsabilidade do Governo do Estado.
No que
diz respeito à Governadora, não há registro de declaração alguma sobre o caos
instalado no Maranhão. Para Bira a Governadora é omissa e incapacitada para
estar à frente do Governo do Maranhão. O parlamentar sugeriu que a Governadora
siga os exemplos dos Governadores do Rio de Janeiro e São Paulo que convocam
seus assessores, as autoridades
do Estado e passam para a população qual é o diagnóstico e as providências
tomadas.
O socialista considerou o quadro caótico instalado
no Maranhão e o completo desinteresse da Governadora para apoiar a ideia de uma
intervenção nacional no Estado. Para Bira, ou há uma intervenção do Governo
federal com a Força Nacional para garantir a segurança que o Governo do Estado
não consegue garantir, ou então a Governadora tem que pedir pra sair.
“A Governadora tem que passar o boné, ela tem que
reconhecer que não é capaz de enfrentar essa situação e passar pra o outro.
Quero conclamar a integração de todos para enfrentar a situação da
criminalidade, mas é preciso que o Governo assuma a sua posição. É o Governo
que comanda. Se o Governo não quiser comandar, que peça para sair”, concluiu
Bira.
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