Folha de São Paulo – O governador do
Maranhão, Flávio Dino (PC do B), nomeou um administrador para a Fundação da
Memória Republicana Brasileira, que administra o acervo do ex-presidente José
Sarney. O escolhido, o procurador do Estado Valdênio Caminha (foto), deverá atuar como
“síndico” ou “prefeito”, nas palavras do secretário de Transparência e
Controle, Rodrigo Lago.
A FMRB é uma estatal criada pela então governadora Roseana Sarney (PMDB) em 2011. As mais de 40 mil peças do acervo estão no Convento das Mercês, prédio de 1654.
“O prédio será gerido pelo Estado e
provavelmente haverá a cessão de espaços para que a fundação prossiga em suas
funções, mas eles não poderão mais fazer o que querem”, afirma.
A FMRB é uma estatal criada pela então governadora Roseana Sarney (PMDB) em 2011. As mais de 40 mil peças do acervo estão no Convento das Mercês, prédio de 1654.
Por lei, a fundação é administrada
por um conselho curador –Sarney tem o direito vitalício de indicar dois dos
nove integrantes do grupo.
Segundo Lago, o administrador não substituirá
o conselho, mas garantirá que o local cumpra função pública. Não será
permitido, por exemplo, alugá-lo para eventos.
A presidente da FMRB, Anna Graziela
Costa, nega que o convento tenha sido locado para fins particulares. Ela afirma
ainda que o local abriga outras exposições e promove cursos profissionalizantes
e de reforço escolar.
Defendida por Sarney pelos “grandes
serviços culturais, educacionais e turísticos” prestados, a FMRB recebeu,
segundo a entidade, 71 mil visitantes em 2014 e 970 até a sexta-feira (16),
quando o espaço foi fechado.
Apesar de o governo ter anunciado que
uma comissão daria continuidade às atividades na segunda (19), o museu ainda
não reabriu.
Anna Graziela diz que o grupo,
composto de oito pessoas do governo, não procurou a entidade e que ficou
sabendo dele pela imprensa.
A gestão Dino afirma que foi a
presidente da fundação quem fechou o museu, após o governo demitir os 48
funcionários comissionados.
E promete nomear novos profissionais para reabrir o
museu nesta semana. A ideia é manter “um pouco mais da metade” dos
funcionários, diz o secretário de Articulação Política, Márcio Jerry.
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