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24 de set. de 2013

Por Weverton Rocha*

A saúde pública vem sendo alvo de fortes críticas em todo o Brasil. Não há como negar a precariedade e falta infraestrutura em grande parte dos hospitais públicos brasileiros. Recentemente, o governo federal vem travando uma polêmica com o lançamento de um pacto para melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde. É o Programa Mais Médicos, que abrirá cerca de 10 mil vagas para médicos na área de atenção básica no Norte e Nordeste.

Mais do que um pacto, precisamos avançar na implantação de medidas de longo prazo para garantir não só o direito do cidadão à saúde, como mais desenvolvimento para o Brasil e todo o Maranhão. Hoje, infelizmente, o nosso Estado possui a mais baixa proporção de médicos por mil habitantes no país, correspondendo a um terço da média nacional. Enquanto a média nacional é 1,8 médico a cada mil habitantes, no Maranhão a proporção é 0,58, segundo dados do Ministério da Saúde.

Esses índices, acompanhados da menor renda per capita do país e último lugar nos quesitos renda, saúde e educação, nos trazem o título de segundo estado com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nosso Estado não vive só um caos na saúde, mas vemos um cenário de completo abandono. Não podemos deixar que se faça política com a saúde, com objetivos eleitoreiros. É preciso investir em infraestrutura, com construção de mais hospitais e postos de saúde para desafogar o atendimento em grandes centros. Mas, é preciso ter planejamento. Muitas vezes, o problema não é falta de recursos e sim má gestão pública, sem metas de prioridade para sanar esse problema tão grave. É preciso investir na formação de médicos, estruturar um plano de carreiras e garantir medicamentos à população.

É preciso atuar a favor dos municípios, que sofrem sozinhos com o ônus de gerenciar verdadeiros elefantes brancos entregues pelo Governo do Estado. Precisamos ir além e atuar por um real Sistema Único de Saúde, evitando que muitos municípios não deixem, por falta de recursos, a saúde em situação de calamidade pública. É preciso estabelecer um verdadeiro pacto pelo bem do Estado, onde os municípios possam contar com o apoio do Governo Estadual e atuar em parceria. Estamos recebendo em Brasília diversas lideranças e prefeitos para discutir na Câmara dos Deputados, e no Executivo Federal, medidas para avançarmos no sentido de uma saúde pública de qualidade. Só assim, poderemos começar a traçar juntos um novo caminho de mais desenvolvimento para o nosso Estado.

*Weverton Rocha é deputado federal pelo PDT do Maranhão

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