Grampo revela que, em 2010, o ex-governador do Amapá, Waldez Goes, ligou
para o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) pedindo
"orientação” sobre cassação dos Capiberibes; entre eles, o também
ex-governador João Capiberibe, que acabou sendo cassado por suposta compra de
votos
Brasil 247 - Um dia depois da cassação do registro de candidatura da deputada
Janete Capiberibe pelo TSE, no dia 7 de setembro de 2010,
a Polícia Federal registrou uma conversa no mínimo estranha entre o
então candidato ao Senado Waldez Góes e o senador pelo Amapá e ex-presidente
José Sarney. Waldez telefona para Sarney pedindo “orientação” sobre o processo
contra a deputada Janete e o senador João Capiberibe. Sarney revela
então que estava naquele momento em Macapá, mas pede a Waldez para que não diga
para ninguém que ele está na capital amapaense. Surpreso, Waldez pergunta:
-- “Ah, o sr. tá aqui em Macapá?”
-- “Não deixa
ninguém saber que eu estou aqui, tá?”, diz o ex-presidente.
Três dias depois dessa conversa, a Polícia Federal deflagrou a operação Mãos Limpas no Amapá. A ação resultou na prisão do então governador Pedro Paulo Dias (PP), do ex-governador Waldez Góes (PDT), que havia renunciado em abril ao mandato para concorrer ao Senado, do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Miranda, e de outras 15 pessoas, entre secretários de estado e empresários e a ex-primeira-dama Marília Góes. A operação prendeu também, em dezembro de 2010, o então prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), que passou 60 dias no Presídio Federal da Papuda, no Distrito Federal.
O senador João Capiberibe (PSB), autor da Lei da Transparência, teve o mandato de senador cassado, junto com o de sua esposa, a deputada Janete Capiberibe (PSB). Eles foram acusados pelos advogados do PMDB de comprar dois votos nas eleições de 2002, por R$ 26 pagos em duas parcelas. A decisão, que gerou polêmica e indignação no mundo jurídico e político brasileiro, beneficiou Gilvam Borges, candidatoderrotado ao Senado, do PMDB e do grupo político do senador José Sarney.
A decisão a que se refere Waldez durante a conversa com o senador José Sarney é o enquadramento da deputada na Lei da Ficha Limpa, em decorrência da polêmica decisão referente ao ano de 2002.
João e Janete Capiberibe elegeram-se respectivamente para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados e assumiram seus mandatos depois de ficarem afastados.
A conversa envolta em mistério pode ser ouvida no link http://youtu.be/XUA-cXdwu28 - veja a transcrição abaixo:
- Waldez - Alô, Waldez.
- Desconhecido - Oi governador, tô passando
- Waldez - Não sei se o sr. ouviu minha pergunta era sobre
- Sarney – Oi Governador, como vai?
- Waldez – Presidente, eu não sei se o sr. ouviu minha pergunta, era... Tô ligando mais para saber sua orientação e a sua avaliação sobre essa questão do processo da Janete e do Capiberibe
- Sarney – O que que houve no processo da Janete?
- Waldez – Houve que hoje... Ontem saiu a decisão de negação de registro de candidatura da Janete e parece que amanhã é do Capiberibe, o julgamento lá em Brasília.
- Sarney – Sim... Olha aqui... Eu vim hoje aqui, eu peguei um avião agora, que eu tô sem avião porque o Mauro... Eu briguei com ele e perdi o avião dele, né? Então eu peguei um King Air que me trouxe aqui para a campanha da Roseana. Eu vim aqui só para passar o dia porque o avião tem que voltar hoje de noite. E eu queria conversar com você, mas eu queria que ninguém soubesse que eu estou aqui (no Amapá). Tá?
- Waldez – Tá, tranquilo.
- Sarney – Passa aqui em casa. Eu cheguei agora, nesse momento.
- Waldez – Ah, o sr. tá aqui em Macapá?
- Sarney – Tô, passa aqui em casa nesse momento. Mas não deixa ninguém saber que eu tô aqui, tá?
- Waldez – Tá, tranquilo presidente. Um abraço.
- Sarney – Um abraço.
Três dias depois dessa conversa, a Polícia Federal deflagrou a operação Mãos Limpas no Amapá. A ação resultou na prisão do então governador Pedro Paulo Dias (PP), do ex-governador Waldez Góes (PDT), que havia renunciado em abril ao mandato para concorrer ao Senado, do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Miranda, e de outras 15 pessoas, entre secretários de estado e empresários e a ex-primeira-dama Marília Góes. A operação prendeu também, em dezembro de 2010, o então prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), que passou 60 dias no Presídio Federal da Papuda, no Distrito Federal.
O senador João Capiberibe (PSB), autor da Lei da Transparência, teve o mandato de senador cassado, junto com o de sua esposa, a deputada Janete Capiberibe (PSB). Eles foram acusados pelos advogados do PMDB de comprar dois votos nas eleições de 2002, por R$ 26 pagos em duas parcelas. A decisão, que gerou polêmica e indignação no mundo jurídico e político brasileiro, beneficiou Gilvam Borges, candidatoderrotado ao Senado, do PMDB e do grupo político do senador José Sarney.
A decisão a que se refere Waldez durante a conversa com o senador José Sarney é o enquadramento da deputada na Lei da Ficha Limpa, em decorrência da polêmica decisão referente ao ano de 2002.
João e Janete Capiberibe elegeram-se respectivamente para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados e assumiram seus mandatos depois de ficarem afastados.
A conversa envolta em mistério pode ser ouvida no link http://youtu.be/XUA-cXdwu28 - veja a transcrição abaixo:
- Waldez - Alô, Waldez.
- Desconhecido - Oi governador, tô passando
- Waldez - Não sei se o sr. ouviu minha pergunta era sobre
- Sarney – Oi Governador, como vai?
- Waldez – Presidente, eu não sei se o sr. ouviu minha pergunta, era... Tô ligando mais para saber sua orientação e a sua avaliação sobre essa questão do processo da Janete e do Capiberibe
- Sarney – O que que houve no processo da Janete?
- Waldez – Houve que hoje... Ontem saiu a decisão de negação de registro de candidatura da Janete e parece que amanhã é do Capiberibe, o julgamento lá em Brasília.
- Sarney – Sim... Olha aqui... Eu vim hoje aqui, eu peguei um avião agora, que eu tô sem avião porque o Mauro... Eu briguei com ele e perdi o avião dele, né? Então eu peguei um King Air que me trouxe aqui para a campanha da Roseana. Eu vim aqui só para passar o dia porque o avião tem que voltar hoje de noite. E eu queria conversar com você, mas eu queria que ninguém soubesse que eu estou aqui (no Amapá). Tá?
- Waldez – Tá, tranquilo.
- Sarney – Passa aqui em casa. Eu cheguei agora, nesse momento.
- Waldez – Ah, o sr. tá aqui em Macapá?
- Sarney – Tô, passa aqui em casa nesse momento. Mas não deixa ninguém saber que eu tô aqui, tá?
- Waldez – Tá, tranquilo presidente. Um abraço.
- Sarney – Um abraço.
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