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5 de set. de 2014

A coligação “Todos pelo Maranhão” pediu ao Ministério Público Eleitoral a investigação dos motivos que levaram a Polícia Militar a realizar operação contra irmão de Flávio Dino. Segundo a coligação, Saulo Dino (irmão mais novo do candidato) foi seguido por um carro descaracterizado da saída do hotel em que estava hospedado até o bairro Estiva, onde foi parado por policiais. O carro que o seguia também participou da operação.

Na representação entregue ao Procurador Regional Eleitoral, Régis Richael Primo da Silva, a coligação informou os detalhes da operação que tinha como objetivo intimidar familiares de Flávio Dino. A coligação pede que sejam investigados os motivos que levaram a Polícia a fazer a perseguição e os integrantes da PM que estiveram presentes no local.

Segundo o deputado estadual Marcelo Tavares, a elucidação do caso é fundamental para evitar que outras ações de abuso de poder sejam observadas com o intuito de interferir na opinião pública no período eleitoral. “O caso é grave e indica que o grupo Sarney pode forjar situações para prejudicar a candidatura de Flávio Dino,” disse ao procurador eleitoral.

O uso do aparelho estatal para fins político-partidários é prática ilegal. No entanto, a coligação afirma que a estranha blitz montada na saída da capital e que teve como único revistado o advogado Saulo Dino dão mostras de que pode estar sendo formada uma ação para prejudicar o grupo oposicionista.

O caso tornou-se ainda mais grave quando jornalistas ligados ao grupo Sarney afirmaram que o irmão de Flávio Dino já vinha sendo monitorado pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar. “A PM não possui a prerrogativa de investigar. No mínimo, o caso configura abuso de poder político e isso não pode passar impune,” analisou o advogado da coligação, Carlos Eduardo Lula.

O procurador eleitoral informou a Marcelo Tavares (coordenador da campanha) e a Carlos Lula que a partir da representação irá convocar as testemunhas para prestar esclarecimentos, que são: Saulo Dino e os jornalistas que informaram haver monitoramento do irmão de Flávio Dino.

Entenda o caso

Saulo Dino, advogado e irmão de Flávio Dino, foi seguido por carro descaracterizado na madrugada da última quarta (03). Saulo foi parado em uma blitz na saída de São Luís, quando retornava a Imperatriz com materiais de campanha do irmão. O veículo dele foi o único parado e revistado pelos PMs no local, o que levanta suspeitas graves de direcionamento da operação.

Durante uma hora, o irmão de Flávio Dino foi revistado e todo o material de campanha foi vistoriado. O carro que seguiu Saulo Dino tem indícios de fazer parte do “Serviço Velado” da Polícia Militar, uma espécie de departamento de operações secretas. Os integrantes do veículo descaracterizado acompanhou toda a operação e, segundo a coligação, filmou a abordagem.

Na última quinta (04), o caso foi denunciado pela Coligação “Todos pelo Maranhão”, que também foi recebida pelo secretário de Segurança, Marcos Affonso, que informou já ter aberto investigação interna para apurar os motivos da operação direcionada ao irmão do candidato do PCdoB.


Para a coligação, trata-se de monitoramento ilegal de familiares de Flávio Dino por integrantes da Polícia Militar em nome da governadora Roseana Sarney. O pedido de providências tem como objetivo impedir que novas situações sejam forjadas e que o aparelho estatal não seja usado ilegalmente. A coligação reitera confiança na Polícia Militar e na certeza de que a maior parte da corporação não compactua com o ato ilícito cometido contra familiares de Dino.

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