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Ministério Público Estadual ajuizou, no dia 22 de julho, aditamento à ação
penal pública contra Marciely Coelho Trabulsi,
conhecida como "Loira Fatal", que foi presa no dia 22 maio acusada
pela prática de estelionato e solta uma semana depois por meio de habeas
corpus concedido pelo Tribunal de Justiça. Uma nova prisão preventiva da
denunciada foi requerida à Justiça.
Com o procedimento, o promotor de justiça Haroldo Paiva de Brito, da 13ª
Promotoria de Justiça Criminal, objetiva acrescentar ao processo-crime uma
série de novas acusações contra Marciely, feitas por vítimas que compareceram à
Delegacia de Defraudações após a notícia da primeira prisão dela.
No total, há nove pessoas que testemunharam contra a acusada. Em geral,
as vítimas são vendedores ou donos de lojas e prestadores de serviço, como
marceneiro e cozinheira, que sofreram prejuízos financeiros com os atos
ilícitos praticados por Marciely. Pelo que foi coletado nos testemunhos, desde
2009, há registros das condutas criminosas.
Em geral, ela comprava produtos, principalmente roupas, e contratava
serviços e não pagava. Para convencer as vítimas dos golpes, que lhe vendiam
sem receber no momento da compra, alegava ser parente de prefeito. Conforme
documentos dos autos, a acusada ainda se vangloriava de seus crimes, postando
nas redes sociais mensagens sobre as fraudes aplicadas.
“Verifica-se que existem nos autos
provas suficientes da materialidade delitiva e indícios bastantes de sua
autoria, sendo que as demais circunstâncias atinentes aos crimes de estelionato
somente poderão ser melhor avaliadas durante a instrução processual, onde,
certamente, ficará caracterizada, obtenção de vantagem mediante artifício,
ardil, ou outro meio fraudulento”, conclui o promotor de justiça.
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