As
estratégias apresentadas pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, para conter
a alta de preços de passagens no Brasil receberam destaque da revista semanal
IstoÉ, de circulação nacional. Após a reunião que decidiu pela instalação de um
comitê interministerial para acompanhar preços e qualidade de serviços durante
a Copa de 2014, o Governo Federal deve apontar soluções para o problema.
Para o
presidente da Embratur, a solução deve ser muito bem pensada pelo Governo
Federal, que deve se preocupar com o turismo internacional a longo prazo. Se o
Brasil aparece como um destino com preços altos, a volta do turista em outras
ocasiões acaba sendo dificultada. "Preços altos comprometem o esforço de
preparação do governo", disse Flávio Dino sobre a polêmica.
O
levantamento da Revista Isto É demonstra que na Copa 2014 os preços das
passagens aéreas estarão com uma diferença de mais de 1000%. “É uma
perversidade ilógica ser mais barato dar a volta ao mundo do que chegar ao
Nordeste na Copa”, diz Flávio Dino sobre a tendência dos preços.
A Revista
também destaca o trabalho da Embratur relacionado à pesquisa sobre impactos dos
altos preços em relação à inflação nos hotéis durante a Copa do Mundo. O
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) apurou que as tarifas praticadas
durante a competição estarão cerca de 583% mais caras.
Como
membro do comitê interministerial que trabalhará os preços, tarifas e a
qualidade dos serviços durante a realização da Copa do Mundo, Flávio Dino
defende que o Governo Federal intermedeie uma solução entre a Iniciativa
Privada e a sustentabilidade do turismo a longo prazo. “A liberdade
tarifária funciona quando há equilíbrio entre demanda e oferta. Não é o caso do
Brasil”, defende Flávio Dino.
Dino
afirmou que a tendência é o aumento do fluxo de turistas nos próximos anos, mas
que para tanto é necessário pensar na sustentabilidade do setor. “Os
empresários não podem ser pautados pelo imediatismo, como se o Brasil fosse
acabar amanhã. Isso pode pesar negativamente na avaliação final dos
estrangeiros e, portanto, em seu desejo de retorno”, explicou.
Céus abertos
Uma das
propostas defendidas pelo presidente da Embratur é a desoneração tributária
sobre o combustível de aviação (QAV) e o aumento da malha aérea regional, o que
possibilitaria a diminuição das tarifas das passagens aéreas no Brasil.
Outro
caminho seria a política de "Céus Abertos", que prevê o aumento da
competitividade no setor através da inserção de companhias aéreas
internacionais no mercado brasileiro. “Não existe turismo sem aviação por conta
das longas distâncias em nosso País. Sem malha aérea baseada na aviação
regional e com poucas empresas operando, fica difícil baixar os preços das
tarifas”, disse o presidente da Embratur.
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