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28 de mai. de 2015


Blog Marrapá -O lucro da Cemar (Companhia Energética do Maranhão) com o Viva Luz era maior do que se imaginava. De acordo com o programa criado pela então governadora Roseana Sarney, a empresa era responsável pelo pagamento de apenas 35% do valor das contas do beneficiados. Os 65% restantes eram pagos pelo governo federal, por meio da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).
Em 2015 a Cemar receberia R$ 25 milhões para pagar um 1/3 das contas de energia de 30 mil famílias que consumissem até 50 kwr. O acordo foi fechado em 2014, pouco antes de Roseana renunciar. O programa seria dirigido pelo irmão bastardo da governadora, José Jorge Leite Soares, que entre outras funções na família ocupou a presidência do Instituo Mirante, suspeito de desviar recursos da Eletronorte.
Mas governo Flávio Dino acabou com a farra. Extinguiu o programa, garantiu que todos os beneficiários fossem contemplados com o pagamento da conta de energia elétrica por meio da TSEE, redirecionou os recursos para a manutenção do Mais Bolsa Família, que atenderá 1,2 milhão de estudantes, e revelou um esquema das arábias.
A Cemar cobra do consumidor R$ 13 por 50 kwr (R$ 0,52 por kwh). Pelo Viva Luz, a empresa pagaria, por cada família beneficiada no programa, R$ 4,55 (35%) e o governo federal (R$ 8,45). Se multiplicarmos R$ 4,55 (valor pago por família beneficiada) por 30.000 (número de famílias beneficiadas) chegaremos ao valor mensal de R$ 136.500 e anual de R$ 1.638.000.
Em suma: o contribuinte maranhense pagaria R$ 25 milhões para a Cemar pagar a si própria R$ 1,6 milhão. Nem o gênio da lâmpada poderia conceder um negócio melhor.

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