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28 de out. de 2013

Folha de São Paulo 

Doa-se terreno para quem quiser morar na cidade com o segundo pior indicador de desenvolvimento humano do Brasil. O próprio prefeito de Fernando Falcão (MA), Adailton Cavalcante (PMDB), faz a publicidade da ideia. "Meu pai foi o prefeito anterior e comprou a área."

A maioria dos 9.783 habitantes vive na zona rural e depende da agricultura familiar ou do emprego oferecido pela prefeitura e pelo governo para sobreviver.
Somente o município emprega 300 pessoas. Também é de dependência a relação do caixa da prefeitura com as transferências de recursos estaduais e federais.

Fernando Falcão arrecada pouco com as também escassas empresas na cidade, entre elas um posto de combustível, dois restaurantes e duas lojas de motocicletas.

Há médicos duas ou três vezes por semana, trazidos de Barra do Corda, de onde se desmembrou a cidade.

A posição de segunda cidade mais pobre do país não tira do prefeito a certeza de que se separar foi a melhor opção.

"Está 300% melhor", disse Cavalcanti. "Antes tinha casa de palha, agora tem casa certinha [de alvenaria], água encanada. Energia elétrica também. A gente dependia de motor [para energia]."

Terra de forasteiros mineiros, paulistas e até catarinenses, caso do atual prefeito, Walmir Guse (PR), a cidade de Conquista d'Oeste (MT) saiu do patamar de IDH muito baixo (até 0,500) em 2000 para, dez anos depois, estar entre as cidades com IDH alto (entre 0,700 e 0,799).

A cabreúva e o mogno, espécies hoje extintas que atraíram madeireiros à região, deram lugar à pecuária.

"Talvez por ser uma cidade nova, começando do zero a administração, se consegue superar melhor os problemas", disse o prefeito.

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