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1 de nov. de 2013

Foto: Veruska Olivieira/Ascom/Fiema

Jorge Arbache: indústria brasileira enfrenta desafios dentro e fora do país
O economista e consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jorge Arbache, afirmou que as transformações que o mundo tem passado nos últimos tempos, trouxe desafios para indústria brasileira, mas também abre oportunidades. Ele foi o principal palestrante do Dia do Empresário da Indústria de São Luís e região, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA).

Na sua apresentação, Arbache fez uma contextualização do cenário econômico internacional e brasileiro e apontou oportunidades que surgem nestes cenários. “Pelos estudos que desenvolvemos, a indústria tem perdido participação no Produto Interno Bruto, apesar de tantas oportunidades estarem se apresentando e isso ocorre porque houve mudanças tecnológicas rápidas no mundo, pelo fato da China ser um gigantesco player e os Estado Unidos estar voltando a ser uma potencia industrial”, explicou o economista a certa dos fatores externos.

Em relação aos fatores internos, Arbache apontou que além da logística deficitária e da pesada carga tributária, há outros fatores jogando contra a indústria brasileira. “A indústria sofre com o fato do setor de serviços ter que correr muito ainda, em termos tecnológicos. O setor de serviços esta atrasado e isso trouxe a perda de competitividade da nossa indústria. Além deste fator, a escassez  de profissionais de alto nível em nosso país afeta diretamente a produtividade da nossa indústria e que leva ao aumento do custo de produção”, comentou.     

Além destas constatações, Arbache disse que a indústria brasileira não pode se contentar com commodities para desenvolver o país. “É preciso agregar valor aos produtos de exportação para evitarmos um cenário onde exportamos insumos e compramos produtos acabados no mercado internacional. A lógica mudou e agora somos uma economia aberta que pode receber produtos de qualquer parte do mundo”, disse o economista, que já trabalhou para o Banco Mundial em Washington.

DATA

Para o segundo secretário da Fiema e presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Luís (Sindipan), Pedro Robson de Holanda, que representou o presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, na ocasião.

Holanda afirmou que o encontro foi um momento de integração para os empresários, de troca experiências sobre dificuldades comuns e possíveis soluções para temas importantes que envolvem o desenvolvimento do setor industrial maranhense.

”O dia do empresário da indústria não é uma data, mas uma oportunidade de mobilizar empresários industriais para a discussão de temas relevantes para o fortalecimento da indústria da região, além de apresentar a atuação e os serviços oferecidos pelos sindicatos e pelas entidades que compõe o Sistema Fiema, que é formado pelo Sesi, Senai, IEL, e pela própria Federação, e estimular o associativismo. É a primeira vez que realizamos este evento em São Luís”, disse Holanda.

APRESENTAÇÃO

No encontro promovido pela Fiema, ainda houve a apresentação do case da Industria de Processamento de Leite (IPL), apresentado pelo empresário e presidente do Sindicato das Indústrias de Leite e Derivados do Maranhão (Sindileite), Alexandre Ataíde.

Ele contou a história da empresa, que é dona de marcas como o iogurte Bonitto,  apresentou a projeção para o futuro do empreendimento e a participação do Sistema Fiema para o crescimento dos negócios gerados pela IPL e desenvolvimento dos projetos ligados à empresa.

“Na história de sucesso da IPL sempre constamos com o suporte dos serviços do Sistema Fiema, que foram muito importantes para consolidar os resultados que temos hoje. Os empresários do Maranhão podem e devem buscar o Sistema Fiema que está de braços abertos para recebê-los e ajuda-los a crescer. Sempre usei estes serviços e posso atestar a o importância deles”, disse Ataíde.

Antes da apresentação do caso da IPL, o gerente de Relações com Mercado da Fiema, Emmanuel Vieria Dias, apresentou  as soluções que o Sistema Fiema possui para tornar e indústria maranhenses mais competitiva, nas áreas de educação, qualidade de vida, serviços técnicos e tecnológicos, gestão, saúde e segurança do trabalho e responsabilidade social empresarial. 

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