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29 de out. de 2013

A oposição deve ficar bastante vigilante para evitar que a governadora use a estrutura do estado para tentar equilibrar uma disputa fracamente desfavorável ao seu candidato ao governo em 2014. As declarações do líder do governo, deputado César Pires, de que quem detém o poder no Maranhão detém votos, deve ser interpretada como alerta do que pode vir pela frente.

Roseana já deu demonstração do que é capaz para enganar incautos. Para ela os fins justificam os meios e fim de papo.  Bastou o Sampaio Correa conseguir o acesso para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e logo a governadora apareceu vestida com uma camisa pirata da “Bolívia Querida”, na maior cara dura, dizendo que apoia o futebol maranhense. Quanta de falta de vergonha e cinismo.  

A oposição reforçou denúncia eleitoral contra a governadora Roseana Sarney e o pré-candidato a governador do PMDB e secretário de Infraestrutura do Estado, Luís Fernando Silva, por antecipação de campanha semana passada, mas a medida ainda é pouco diante do que pretende a governadora para tentar fazer decolar a candidatura do “picolé de Chuchu”.

O bloco de oposição vem mantendo a governadora sob vigilância, pois conhece a principal especialidade do grupo Sarney: mentir e assaltar cofre público, principalmente em época de campanha eleitoral, mas todo cuidado é pouco. Em 1994, na reta final da eleição, sem ter como reverter a eminente derrota de Roseana, o próprio senador José Sarney foi à TV Mirante mentir que o senador Epitácio Cafeteira havia sequestrado, matado e ocultado o cadáver do funcionário da Companhia Vale do Rio Doce, Anacleto Reis Pacheco, que havia se envolvido num acidente de trânsito em que faleceu o sogro de Cafeteira, vereador Hilton Rodrigues.    

O tempo passou, Cafeteira perdeu a memória, esqueceu que lhe tomaram a eleição e se mudou para o grupo Sarney em troca de um mandato de senador em 2006, já no final de sua trajetória política, mas a  governadora continuou utilizando os mesmos métodos, as mesmas práticas, cometendo os mesmos abusos. Só restou aos deputados Marcelo Tavares, Bira do Pindaré, Othelino Neto e Rubens Jr. apresentar um aditamento da representação ao procurador Regional Eleitoral, com novos fatos e novas condutas que caracterizam a campanha antecipada.

A oposição precisa apertar a fiscalização ainda mais, a final trata-se de uma governante com todos os vícios do pai, um velho oligarca que tenta manter-se nas tetas do poder a qualquer custo, nem que para isso passe por cima de tudo que é lei ou regra de civilidade. Sabe que na hora que perder o poder, a Polícia Federal estará com um par de algemas esperando pelo filho Fernando, por conta dos seus negócios não republicanos.   

Flávio Dino deve abrir o olho e ficar atento aos movimentos do velho oligarca e de sua filha Roseana. Quem teve a coragem de inventar a história do falso sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Reis Pacheco e espalhar pelo Maranhão inteiro que Cafeteira era assassino é capaz de qualquer coisa para não perder eleição. Eles perderam em 1994, mas o TRE tratou de entregar o mandato a Roseana, na maior fraude que se teve notícia na história política do Maranhão.  

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