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30 de out. de 2013

Vai doer
Convencer os maranhenses de que está próximo um rompimento entre o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o candidato ao governo do Estado pelo PCdoB, Flávio Dino. Esta é a nova, árdua e causticante missão imposta aos escribas do senador José Sarney. Estão castigando nas tintas. Vendo fantasmas. Agarrando-se à mais tênue esperança de que algo ou alguma coisa mude o quadro eleitoral desalentador para o governo do Maranhão.

Às voltas com uma situação de caos na segurança pública, denunciada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, surpreendidos por pesquisas cada vez mais favoráveis a Flávio Dino e desfavoráveis ao governo, indignados com a teimosia oposicionista de Eliziane Gama, qualquer coisa está servindo para alimentar ilusões.

Estão os Sarney, de todo modo, furiosos com a executiva nacional do PT, que não esconde mais sua preferência pelo candidato de oposição no Estado, e também com Dilma Roussseff, que, apavorada com a presença ética de Marina Silva na disputa eleitoral, quer distância de alianças impopulares e mais impopular do que Sarney no Brasil ainda estão fazendo.

Quer porque quer o grupo Sarney promover um racha que pecaria pela lógica, pela disposição das forças políticas, pelo que anunciam as pesquisas, pelo entupimento dos canais de irrigação eleitoral. E até por uma amizade construída na luta contra um poder discricionário, draconiano e tumular.

Flávio Dino não vai querer perder o apoio de um prefeito que visita obras todos os dias e todos os dias conversa com a população. O prefeito, se pensar em sua reeleição, não vai querer perder o apoio do mais provável governador eleito em 2014 e que, perdendo ou ganhando, vai dar de lavagem em São Luís.. Não tem nem o que pensar. É simples como um copo d’água, se é que um copo d’água é simples.

Difícil não é entender que o prefeito se veja obrigado, por qualquer razão, ou simplesmente a seu querer, a demitir um secretário indicado por Flávio Dino. Difícil é entender que Roseana Sarney não demita secretários acusados de corrupção, suspeitos de corrupção, envolvidos com corrupção e outros que sofrem de imaculada incompetência.

Bem pensado, não é o prefeito quem está rompendo com Flávio Dino ou vice-versa. O povo é quem está rompendo com o modelo político imaginado, aplicado e deteriorado do grupo Sarney.      

Comemoramos ontem o aniversário da vitória de Jackson Lago no Maranhão. Eles devem ter comemorado a cassação injusta e ilegal, conforme o próprio STF. Jackson Lago venceu, mas nem se percebia esse verdadeiro estado de sublevação pelo Maranhão afora.     Em dois anos seguidos não houve um único indicativo de que um candidato governista possa vencer 2014. Esse racha é na cabeça deles. E vai doer.   

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