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7 de ago. de 2014

Editorial - Jornal Pequeno

Desde a invenção de que Epitácio Cafeteira havia mandado assassinar Reis Pacheco, que continuava vivo, o grupo Sarney não se dedicava à mitomania com tanta dedicação. Inventou Sarney agora que foi o grande responsável pela nomeação para a Embratur do homem que mais tem raiva, hoje: o candidato a governador do Maranhão, Flávio Dino. É contra ele que Sarney dedica, atualmente, cada minuto de sua vida. E, para dar foros de verdade à sua pregação fantasiosa, disse que Flávio Dino foi à sua casa agradecer pessoalmente.

A reação de Flávio Dino foi a reação intempestiva de quem não segurou a revolta. O candidato tratou Sarney de “velhaco mentiroso”. Na verdade, os ditos, falas, difamações, insultos que o candidato da oposição tem suportado extrapolam qualquer nível de serenidade. Contra ele, as injúrias e difamações são jogadas de helicóptero, a ele o senador João Alberto praticamente chamou de satanás publicamente, contra ele vendedores de calúnias atuam dia e noite na internet, e sente-se, com isso, que o desespero pela derrota iminente começa a afetar mentalmente os eternos donos do poder no Maranhão.

Essa campanha começa a ganhar contornos de desvario. Já levaram um caixão de defunto para a porta da Prefeitura, Sarney chamou Flávio de ‘pivete’ e mandou a oposição inteira para o inferno, João Alberto comparou Flávio Dino ao satanás e incitou à greve professores de São Luís. Agem como aves de rapina da política e nem mesmo a morte de uma criança respeitam mais.

Não há mais o que falte suceder para que as autoridades tomem providências enérgicas contra esse vale-tudo. Não é possível que estejam à espera de um cadáver, que talvez nem seja um ‘cadáver vivo’, como na acusação contra Cafeteira, para perceber que estão fazendo de tudo para levar esta campanha no rumo da violência.

O que querem são reações na altura dessa política de baixo nível, dessa coisa horrorosa que humilha as tradições de cultura do Maranhão, para provocar aqui algum tipo de escaramuça que justifique alguma forma de intervenção na eleição que a todo custo não querem perder.

O alerta está feito porque ninguém é burro que não veja por trás de tanta devassidão política algum plano macabro, uma forma sub-reptícia de insuflar levantes e desobediência civil enquanto estão no comando da força pública.

É responsabilidade da Justiça e da Polícia conter esses arroubos de violência, porque é disso que se trata, mesmo que partam de senadores da República. Líderes políticos de verdade não agem assim, saibamos nós, embora, do que são capazes os homens em luta pelo poder. A tirania, o autoritarismo, o totalitarismo emergem dessa campanha de forma incontrolável. E, nesse nível de ódio que emana do poder, ninguém sabe o que ainda pode acontecer no Maranhão.

 

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