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5 de ago. de 2014

O Tribunal Superior Eleitoral é quem vai decidir sobre pedido de registro de candidatura do representante da oligarquia Sarney ao governo do estado, Edinho Lobão, o "Edinho 30". O suplente de senador teve seu registro deferido pelo TRE-MA, mesmo sendo condenado de justiça e proprietário de imóvel alugado para o Governo Roseana Sarney desde fevereiro, mas que nada funciona no local.

O deputado Simplício Araújo (Solidariedade) está correto ao anunciar que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, um órgão nem sempre bem visto pela população, que aprovou o pedido de registro do tresloucado candidato.

Todo cuidado é pouco com este Tribunal. O presidente, desembargador Froz Sobrinho, segundo é voz corrente nos bastidores da sucessão, foi colocado de encomenda no cargo não para garantir a lisura do pleito, que deveria ser sua obrigação, mas com a nítida intenção de favorecer o represente do grupo ao qual sua família pertence e tenta eleger candidatos nas eleições 2014.

A oposição precisa, com a máxima urgência, levantar suspeição do presidente do TRE-MA, principalmente após vazar a informação de que ele teria garantido ao deputado Hélio Soares que o representante da oligarquia a qual defende “vai ganhar a eleição”. Se fez tal afirmação é porque deve ter garantia da tramoia que estão fazendo para macular o pleito de outubro próximo.

Simplício impugnou a candidatura do polêmico “Edinho 30” por ser ele sócio da Difusora Incorporações, proprietária de um imóvel, inicialmente residencial, alugado pelo governo do estado. No local, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), deveria funcionar o Hospital do Câncer do Maranhão. O valor global do contrato é de R$ 360 mil, parcelado em 12 meses. Mesmo sem estar em funcionamento, a Difusora Incorporações recebe repasses mensais de R$ 30 mil, já totalizando até agora 120 mil reais. 

"Vamos recorrer porque é inaceitável que uma pessoa que receba dinheiro público através de sua empresa, sabendo que o imóvel locado não oferece condições para abrigar um hospital de tratamento contra o câncer, queira ser governador do Maranhão”, justificou o deputado.

Segundo o TRE, “no extrato do contrato consta que a empresa contratada está representada por Rafael Lobão, como se infere de extrato de contrato publicado no Diário Oficial, com data de celebração de fevereiro de 2014, circunstância que afasta a inelegibilidade”. 

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