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31 de ago. de 2013

Integrante dos diretórios nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores e um dos maiores adversários da participação do PT na administração Roseana Sarney, o professor Márcio Jardim anunciou que vai propor à direção nacional, na próxima segunda-feira, que a decisão sobre política de aliança no Maranhão seja decidida em plebiscito entre os militantes, a ser realizado paralelamente ao PED (Processo de Eleição Direta) marcado para o dia 10 de novembro.

Segundo Jardim, independente de quem seja o candidato eleito, o militante, através do plebiscito, votará em uma das três teses que estão sendo apresentadas para 2014: candidatura própria, manutenção da aliança com o PMDB ou coligação com Flávio Dino.

“Resolvi consultar a direção nacional sobre a possibilidade do Maranhão decidir em plebiscito a questão, porque é a forma mais democrática e dá à direção nacional a segurança para tomada de uma posição sem vulnerabilidade de pressões de direções nacionais de partidos com interesse no Maranhão, no caso o PMDB”, justificou Jardim.

O dirigente petista explicou que se a maioria da militância decidir pelo apoio ao presidente da Embratur, Flávio Dino, a direção nacional do PT teria muito mais dificuldade de fazer uma intervenção, a exemplo do que ocorreu em 2010, quando o encontro do partido optou pela coligação com o então deputado federal do PCdoB e a executiva nacional interveio e colocou o partido na aliança com o PMDB.

“Não podemos continuar com uma situação esdrúxula onde a burocracia do partido está com o cartório montado no Palácio dos Leões e a militância nas ruas gritando o nome de Flávio Dino. O partido sofreu uma fratura exposta em 2010 e a melhor maneira de sarar a ferida é com democracia, pactuando o partido com base em critérios democráticos, que no caso seria o plebiscito”, defendeu Márcio.

Márcio Jardim disse ainda que a melhor forma de realizar o plebiscito é aproveitando a estrutura do PED. Segundo o dirigente do PT, o militante habilitado no processo votaria na chapa que disputa o comando do partido e, em seguida, votaria em uma das teses apresentadas pelos candidatos Raimundo Monteiro (aliança com o PMDB), Augusto Lobato e Eri Castro (coligação com Flávio Dino), Henrique Sousa e Mundico (candidatura própria).

Pelo processo atual, a chapa que sair vencedora do PED petista tem o direito de levar o partido para a coligação que bem entender, mas sempre corre o risco da aliança contrariar interesses da direção nacional, a exemplo de 2010, e a consequente intervenção.

“Se nós conseguirmos emplacar nossa tese na direção nacional, com certeza, o processo será muito mais democrático, pois caberá ao militante decidir com quem o PT vai em 2014, o que tornaria muito mais complicado qualquer medida intervencionista”, concluiu Jardim.

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