Folha de São Paulo
A
petição, a ser protocolada às 11h na sede do tribunal, em Brasília, é subscrita
pelo advogado Torquato Jardim, ex-ministro da corte e especialista em
legislação eleitoral.
O texto
tem 35 páginas. Além de relatar o histórico de mobilização da agremiação
política, argumenta que 90% dos formulários de apoios foram remetidos aos
cartórios eleitorais até 1º de agosto, o que asseguraria os 15 dias de prazo
legal para a certificação das adesões.
Sustenta
ainda que, ao contrário do que argumentam cartórios, foram enviados lotes
individuais de 100 adesões para validação, a fim de evitar acúmulo de trabalho
nas repartições.
Ao
justificar a demora no encaminhamento das listas de eleitores que a apoiam, a
Rede afirma que foi rigorosa na triagem de assinaturas, realizando checagem
preliminar para evitar duplicidade e possíveis erros.
Ainda
assim, conforme revelou a Folha, foram detectados indícios de fraude em
cinco Estados na última semana, todos sob investigação do Ministério Público.
Apesar da
expressa cobrança de celeridade da Justiça, já reiterada por Marina à
presidente do TSE, Cármen Lúcia, e à corregedora, Laurita Vaz, a Rede procurou
dar caráter técnico ao pedido de registro, evitando melindrar os ministros do
TSE.
Como
antecipou o "Painel" ontem, alguns deles se mostram incomodados com
as críticas feitas pelos "marineiros" ao rito de formalização da nova
legenda.
Por isso,
a petição não pleiteia ao tribunal que seja concedido o registro antes da
verificação das 492 mil assinaturas exigidas pela lei. Apenas solicita que as
restantes sejam anexadas no decorrer da apreciação do pedido, nos próximos 30
dias --junto com a petição, entrarão 250 mil já reconhecidas pelos cartórios.
Assim que
der entrada no tribunal, o processo será autuado e, em 48 horas, submetido ao
ministro-relator.
CONTAGEM
REGRESSIVA
O
reconhecimento legal da Rede até o dia 5 de outubro, permitindo, assim, que a
nova sigla participe da eleição de 2014, é um dos capítulos decisivos da
corrida presidencial do próximo ano.
Marina
Silva, líder do partido, é a segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto
para o Planalto.
Caso sua
legenda não obtenha respaldo da Justiça para concorrer, ela teria ainda a opção
de se filiar a outra agremiação em tempo recorde.
Do
contrário, ficaria fora da disputa, provocando reviravolta na sucessão de Dilma
Rousseff (PT). Marina é tida como fundamental no xadrez da oposição para levar
a disputa ao segundo turno.
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