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11 de abr. de 2015

Rubens Pereira Jr
Na semana que passou, numa tentativa desesperada de procurar o que criticar, o jornal da família que governou o Maranhão por 50 anos decidiu criticar as ações do governo do estado voltadas à população mais pobre. Segundo o editorial do jornal, a população mais carente é “fácil de ser convencida e manipulada”. Tal editorial só pode mostrar uma visão extremamente distorcida do que seja serviço público.

No Domingo de Páscoa, em sua coluna neste Jornal Pequeno, o governador Flávio Dino comentou a exaltação bíblica do servir. É o que explica a passagem, celebrada anualmente por cristãos durante a Semana Santa, em que Jesus lava os pés de seus apóstolos. Que bela mensagem bíblica do servir nosso governador resgatou. Foi a mesma passagem resgatada nas duas últimas Páscoas pelo Papa Francisco, quando foi às ruas lavar os pés dos cidadãos mais comuns.

Referimo-nos a esta mensagem também ao pronunciar uma palavra simples, que usamos quase todos os dias, quase nunca atentando a seu sentido: servidor público. O que significa essa palavra senão a pessoa que escolhe para si a missão de servir a todos por meio de sua dedicação profissional ao Estado?

Infelizmente, tornou-se repetitivo o inverso: desvios de recursos que deviam servir ao bem comum, em benefício próprio, cometidos por oportunistas que ocupam temporariamente ou de forma permanente o cargo de servidor público. É um largo e triste histórico que remete a tempos coloniais e, portanto, imemoriais. Por sorte, cada vez mais, esses casos não conseguem encontrar o impune conforto da escuridão e são trazidos à luz pelos órgãos de controle do Estado brasileiro nascidos no processo de democratização. Mesmo sabendo que estão sendo combatidos diariamente, esses atos repetidos não nos deixam de encher de nojo.

Diante do asco revolvido diariamente nos jornais é difícil manter em mente o exemplo da beleza do servir público. Mas é justamente o que devemos buscar, sob pena de achar que não vale a pena buscar a melhora de condições de vida das pessoas por meio da ação coletiva e voltar à barbárie do cada um por si. Como disse nosso governador esta semana, a "indignação permanente com a injustiça" é dever de todo servidor público.

No Maranhão, temos a sorte de ter em nosso principal servidor público um exemplo de dedicação e honestidade. Após meio século como exemplo dos desmandos e desvios dos que deveriam ser guardiões do serviço público, nada mais merecido.

Liderado por esse servidor, temos um governo que existe para servir a todos, principalmente os invisíveis, e não interesses particulares fora da lei. Essa preferência já é a principal marca dos 100 dias de governo Flávio Dino, que, acredito, já está cravada na imaginação das pessoas.

Resta um caminho longo ainda a se construir, para que possamos dar condições dignas de vida a todos os habitantes desta terra abençoada por Deus. Mas os primeiros passos dessa longa caminhada já começaram e na direção correta.

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